Ambiente Magazine
O setor da água no nosso país está estagnado e é urgente que sejam implementadas soluções inovadoras que garantam mais eficiência na gestão dos recursos hídricos. São estas as conclusões do último Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal, recentemente divulgado.
Aliás, os números oficiais mostram que quase 30% de toda a água que entra nas redes de abastecimento do nosso país é anualmente desperdiçada devido a ruturas ou avarias. Significa isto que Portugal desperdiça cerca de 9 piscinas olímpicas de água por hora, o que se traduziu em perdas de 190 milhões para os municípios, em 2023.
A gestão dos recursos hídricos tem, por isso, de ser uma prioridade nacional. E reconhecendo o importante papel que as empresas do setor desempenham para que este objetivo se torne de facto uma realidade, a Aquapor tem vindo a investir fortemente em inovação tecnológica para reduzir as perdas de água nos serviços que presta à população, nomeadamente em softwares de Gestão de Performance de Redes, que visam a deteção e reparação célere de fugas, e a implementação da telemetria doméstica.
Em paralelo, dinamiza, nas suas concessões, um conjunto de estratégias para evitar o desperdício de água potável e reduzir significativamente as perdas. As medidas implementadas passam por investimentos de melhoria operacional e de eficiência, tais como a criação de zonas de medição e controlo de caudal e pressão, campanhas ativas de deteção de perdas reais (com mecanismo de procura ativa e permanente de fugas de água), substituição de contadores domésticos e não domésticos, colocação de contadores em todos os espaços verdes do município ou a manutenção e selagem de marcos de incêndio.
Fruto deste compromisso com a transição hídrica e com a sustentabilidade ambiental, a Aquapor tem vindo a alcançar ótimos resultados, registando em 2023 o valor mais baixo de sempre numa das suas concessões, 0,7%, assumindo-se como uma referência nacional e internacional no setor.
Melhorar o tratamento e reutilização das águas residuais urbanas
Os novos limites de descarga de águas residuais urbanas impõem o desenvolvimento de soluções e tecnologias inovadoras que permitam a adaptação das infraestruturas existentes ao cumprimento dos requisitos impostos pela nova DARU. Também neste âmbito, a Aquapor tem vindo a desenvolver tecnologias dedicadas à recuperação de azoto, com vista à sua utilização na agricultura sob a forma de fertilizante, incorporando assim, neste processo, o pilar da circularidade. A recuperação de recursos, como nutrientes e biogás, permitirá que as ETAR se tornem mais autossuficientes, reduzindo os custos operacionais e contribuindo para os objetivos de sustentabilidade a longo prazo.
Por outro lado, a Aquapor tem apostado no desenvolvimento de soluções tecnologicamente flexíveis para a reutilização de efluentes tratados, possibilitando criar uma fonte alternativa de água. Estas soluções permitem assegurar a aplicação de níveis de tratamento adequados ao fim a que se destina a água a reutilizar, garantindo o cumprimento dos requisitos de qualidade e segurança.
Também a incorporação de sistemas de digitalização e automação que permitam um controlo em tempo real das características analíticas e dos volumes a tratar, é estratégica para a Aquapor, assegurando uma maior eficácia no processo.
A eficiência da gestão dos recursos hídricos tem de ser uma prioridade e a Aquapor está empenhada em liderar essa transformação em Portugal, em prol de um futuro mais eficiente e sustentável.