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Para o ministro do Ambiente e da Ação Climática, o tratamento de águas residuais tem um efeito muito importante, uma vez que dá qualidade de vida à população e também despolui os rios e os oceanos. O ministro do Ambiente e da Ação Climática disse esta terça-feira que o tratamento de águas residuais é uma “oportunidade” para substituir o uso da água das barragens na rega ou lavagens de equipamentos. Duarte Cordeiro visitou esta terça-feira o Município de Carregal do Sal, no distrito de Viseu, e o Município de Tábua, no distrito de Coimbra, onde foram inaugurados vários equipamentos de tratamento de águas residuais , num investimento total de cerca de 6,5 milhões de euros, dos quais quatro milhões foram apoiados pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR). “Tratar águas é hoje a base, não só a base de garantia de que nós temos rios e o nosso mar despoluído, como também é uma oportunidade num contexto de stress e seca . Portanto, a água reciclada vai ser uma grande oportunidade para substituir a água que temos nas nossas barragens, conservando mais as águas nas barragens para outros fins”, referiu o governante, em declarações aos jornalistas durante a visita. O ministro apontou que estes investimentos são muito importantes na medida em que permitem substituir equipamentos que estavam “obsoletos”, das décadas de 1980 e 1990, que não tratavam as águas segundo aquilo que são os “parâmetros que hoje se exigem”. No que respeita a Tábua, um dos equipamentos vai permitir substituir fossas que existiam. De acordo com Duarte Cordeiro, nos últimos 30 anos, Portugal conseguiu atingir níveis de qualidade de água muito elevados. “99% da nossa água tem qualidade” e “85% da população tem acesso ao saneamento”, frisou. Para o governante, o tratamento de águas residuais tem um efeito muito importante, não só porque dá qualidade de vida à população, mas também porque despoluem rios e os oceanos. “Se nós hoje temos as águas costeiras com qualidade excelente, temos muitas praias [com bandeiras] azuis, é porque temos, ao longo de 30 anos, investido no tratamento das águas , nas nossas ETAR, que ajudam a despoluir os rios quando nós devolvemos a água que é tratada depois de usada”, acrescentou. Estes equipamentos permitem, no “futuro, olhar para estas infraestruturas e transformá-las, de hoje para amanhã, em fábricas da água, aproveitando a água que é tratada para outros usos, seja a lavar equipamentos por parte destes municípios, equipamentos públicos, seja a substituir, por exemplo, a rega de espaços verdes, seja inclusivamente utilizando na agricultura”, concluiu.