Rostos.pt De acordo com os recentes dados divulgados pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), no ranking das 10 empresas mais eficientes, no que respeita o desperdício de água na rede, 7 são operadores privados. Perante estes resultados a Associação de Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente (AEPSA) sublinha que das 380 entidades gestoras para o abastecimento de água, presentes na amostra, apenas 32 dizem respeito a operadores privados (27 concessões e 5 empresas de capital misto detidas pelos municípios e por operadores privados), dados que reforçam a eficácia do setor privado. “As empresas privadas estão há pouco mais de uma década no mercado e, de acordo com os dados lançados pela ERSAR, os resultados mostram que estas são mais eficientes no controlo de perdas de água”, afirma João Gomes da Costa, diretor geral da AEPSA. Segundo os números constatados pela ERSAR, no ranking das 10 entidades gestoras mais eficientes encontram-se as concessões privadas de Águas de Valongo, Águas da Teja, Indaqua St. Tirso/Trofa, Águas de Mafra, e Águas de Paredes, bem como as empresas de capital misto Fagar e Tavira Verde. “A média nacional de água não faturada é de 30,7% e, a título de exemplo, a Águas de Valongo, entidade privada, regista uma média de 15,4%”, reforça. Recorde-se que estas perdas de água resultam de ruturas na rede, de furtos, do uso ilícito de água (por desvios ou contadores ‘violados’) ou de consumos não faturados, traduzindo-se num desperdício de cerca de um terço de água que, apesar de ser captada, tratada, transportada, armazenada e distribuída, não chega a ser faturada aos utilizadores. No total são 266 mil milhões de litros por ano de perdas de água. A AEPSA representa cerca de 60 empresas associadas, as quais assumem toda a cadeia de valor do setor empresarial privado na área do ambiente e que gerem um volume de negócios anual, no seu conjunto, de 1,5 mil milhões de euros.