Diário de Notícias Online Vão funcionar a partir de junho PEDRO NUNES/LUSA Vão funcionar a partir de junho O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, anunciou esta terça-feira caudais mínimos para as duas barragens existentes no rio Tejo, que vão funcionar a partir de junho para permitir mais água no rio na época estival. “Conseguimos no final de março uma coisa da maior importância que é garantir a existência de caudais mínimos nas duas barragens do Tejo [Fratel e Belver], caudais esses que passarão a ser diários e que entrarão em funcionamento no início de junho”, anunciou. O governante falava à margem da cerimónia de assinatura do protocolo do projeto piloto de gestão colaborativa do Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI), que decorreu em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco. João Pedro Matos Fernandes adiantou que, deste modo, durante a época estival, o rio Tejo vai ter mais água com todos os benefícios ambientais que daí resultam. Questionado sobre aquilo que tem sido feito para combater a poluição no rio Tejo, sublinhou que o empenhamento do Ministério do Ambiente tem sido “claríssimo”. “Temos uma estratégia clara e um plano de fiscalização claro. Há até um conjunto de unidades fabris que estão encerradas temporariamente porque eram unidades poluidoras”, sustentou. O ministro adiantou ainda que, com o apoio da Celtejo, fábrica de pasta de papel da Altri, em Vila Velha de Ródão, conseguiu antecipar a conclusão da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) para maio deste ano, quando inicialmente estava prevista apenas para dezembro. Já em relação ao novo modelo de gestão do PNTI, disse que quem gere melhor o território são aqueles que lhe estão mais próximos. “Sabemos também que estamos num território de grande sensibilidade e, por isso, é bom testar. Durante este ano vamos fazer este teste de gestão colaborativa que não tem só uma função de conservação de natureza. Tem também uma função de valorização do território”, sustentou. O governante explicou que o objetivo passa por ir mesmo mais além da conservação da natureza, valorizando os recursos naturais e criando mais qualidade de vida para os que vivem nestes territórios e para que estes espaços possam ser visitados.