Ambiente Online Só em energia o grupo prevê economizar no próximo ano dois milhões de euros O grupo Águas de Portugal (AdP) vai poupar 15 milhões de euros em 2015 graças aos serviços partilhados que permitem conseguir economias de escala, apurou o Ambiente On line.Só em energia o grupo prevê poupar dois milhões de euros já no próximo ano. Estas são as estimativas para 2015 “pese embora se preveja algum impacto da saída do grupo EGF na actividade dos serviços partilhados”, explica ao Ambiente Online o presidente da AdP Serviços, Pedro Martins Barata. O aumento das sinergias, com vista a gerar economias de escala, é um dos pilares da reestruturação do sector da água, apresentada recentemente pelo Ministro do Ambiente.O Centro de Serviços Partilhados (CSP) do grupo AdP, criado em 2001, já tem vindo a consolidar esta actividade, agregando novas linhas de serviço sempre que se identificam actividades com potencial de poupança transversal. Em 2012, por exemplo, foi lançado o processo de contratação centralizada de energia eléctrica, um dos mais expressivos custos das empresas do grupo. O grupo fechou nas últimas semanas o processo de contratação de energia eléctrica para o próximo ano, abrangendo cerca de 5.506 instalações, passando a incorporar também as instalações alimentadas em baixa tensão. As poupanças geradas por este procedimento, entre 2012 a 2014, ascenderam a 10 milhões de euros. A Águas de Portugal negociou também de forma centralizada as comunicações do grupo. O procedimento incluiu um leilão eletrónico, que permitiu atingir uma redução de 1,5 milhões de euros face ao preço-base. “As novas condições contratuais permitirão aos colaboradores das empresas do Grupo AdP comunicar entre si a custo zero”, divulga o responsável. Globalmente, em 2013, as poupanças geradas pelos processos negociados centralmente aproximaram-se dos 14 milhões de euros. O CSP do grupo inclui as áreas que tradicionalmente fazem parte dos serviços partilhados, o que inclui compras, sistemas de informação, recursos humanos, contabilidade, apoio jurídico, engenharia e marketing e comunicação. O modelo dos serviços partilhados consiste em “concentrar as empresas operacionais nos processos de negócio core e colocar o centro de serviços partilhados a trabalhar para as empresas, nas áreas de suporte, com o objectivo de fazer mais com menos, que é hoje de especial importância”, realça. As preocupações subjacentes à concepção do CSP centraram-se na identificação das áreas de suporte associadas às actividades das empresas do grupo em que a “existência de serviços partilhados pudesse contribuir para gerar de poupanças uniformizando processos e disseminando boas práticas procurando ainda o aumento da eficiência empresarial”. As sinergias criadas pelo CSP não se esgotam na contratação centralizada. “A existência de centros de competência nos serviços partilhados que gerem processos transversais, nomeadamente, elaboração de processos de concurso tipo e apoio jurídico transversal, são importantes contributos nos benefícios gerados pelos serviços partilhados, evitando que várias empresas do grupo realizem esforços redundantes nestas áreas”, destaca o presidente. A uniformização e gestão de processos de suporte, a negociação centralizada e uma maior especialização funcional das várias áreas de suporte são aspectos essenciais para que os serviços partilhados cumpram os seus principais objectivos que passam por “reduzir custos operacionais e acrescentar valor à actividade das empresas operacionais”.