Ambiente Online Entraram hoje em funcionamento as novas empresas multimunicipais na sequência das agregações O preço da água em alta vendida aos municípios pelo grupo Águas de Portugal desce a partir de hoje para muitas câmaras municipais do interior, no âmbito da reestruturação do sector, mas só começa a subir, de forma gradual, para alguns municípios do litoral, a partir de Janeiro de 2016 até 2020, informa a ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos), que tem disponível no site uma infografia interactiva com as tarifas a cobrar por concelho. Hoje, 1 de Julho, entram em funcionamento as novas empresas resultantes da agregação de sistemas multimunicipais dos serviços de água e saneamento, na sequência das três assembleias gerais, realizadas ontem, das empresas “Águas de Lisboa e Vale do Tejo”, “Águas do Norte” e “Águas do Centro Litoral”. Para a mega empresa “Águas de Lisboa e Vale do Tejo”, sediada na Guarda, o maior dos agrupamentos, que vai desde a capital até ao interior centro, confluíram oito sistemas multimunicipais e de abastecimento de água e saneamento em alta: Águas do Zêzere e Coa, Águas do Centro, Águas do Oeste, SIMTEJO, SANEST, EPAL, SIMARSUL, Águas do Norte Alentejano e Águas do Centro Alentejo. A “Águas do Norte” agregou quatro sistemas multimunicipais de abastecimento de água e saneamento (SIMDOURO, Águas do Douro e Paiva, Águas do Noroeste, Águas de Trás os Montes e Alto Douro) e tem sede em Vila Real. A “Águas do Centro Litoral”, com sede em Coimbra, reuniu três entidades gestoras (SIMLIS, Águas do Mondego e SIMRIA). A reorganização territorial do grupo Águas de Portugal, agregou os 19 sistemas multimunicipais de água e saneamento em cinco empresas regionais (incluindo Águas do Algarve e Águas Públicas do Alentejo já criadas), processo fortemente contestado por alguns municípios. Ontem mesmo duas dezenas de autarcas, sobretudo presidentes de câmara da área da Grande Lisboa, manifestaram-se contra o processo de reestruturação do sector da água.