A Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente (AEPSA), que representa e defende os interesses coletivos das empresas privadas com intervenção no setor do ambiente, considera imperativo que os serviços de fornecimento de água – abastecimento e saneamento de águas residuais- bem como a recolha, tratamento, valorização e resíduos sólidos urbanos sejam integrados na rede prioritária de abastecimento. A possibilidade de falha de qualquer um destes serviços essenciais transforma-se numa séria questão de saúde pública.
Na iminência da situação de greve – anunciada a partir de 12 de Agosto e por tempo indeterminado- por parte dos motoristas de matérias perigosas, a AEPSA alerta para as graves consequências da impossibilidade de acesso aos combustíveis na operação das suas empresas associadas, que asseguram serviços públicos essenciais do ciclo urbano da água e do setor da recolha, tratamento e valorização e reciclagem de resíduos, designadamente urbanos, industriais e perigosos.
Tendo em conta a possibilidade de interrupção de fornecimento de combustível, a associação está a proceder, desde o dia 19 de julho, a diversas diligências, junto dos respectivos ministérios, para salientar a imperatividade da inclusão destas empresas na rede prioritária de abastecimento. Contudo, dada a inexistência de uma resposta governamental conclusiva, a associação manifesta a sua extrema preocupação e solicita uma resposta política urgente.
Apesar de as empresas associadas da AEPSA estarem a ativar todos os procedimentos preventivos e planos de contingência de actuação das equipas operacionais, estes mecanismos não serão suficientes para assegurar o cumprimento das suas obrigações contratuais no fornecimentos destes serviços públicos essenciais.
Na época de verão com o acréscimo da sazonalidade turística e com o aumento da temperatura, a premência de um sistema eficiente de recolha de resíduos é absolutamente vital para garantir a boa qualidade de vida dos cidadãos, proteger a saúde pública e o ambiente.
Também nos serviços de abastecimento e saneamento de água, as empresas intervenientes no ciclo urbano da água correm o risco de não conseguirem assegurar actividades excecionais, como reparações de condutas e outras operações de manutenção, com os evidentes riscos, sociais, económicos e ambientais, decorrentes destas situações.
Eduardo Marques, Presidente da Direção da AEPSA, salienta: Não é admissível que os operadores privados destes dois sectores, imprescindíveis para as populações, não estejam incluídos na rede prioritária de abastecimento, dado que a possibilidade de falha de qualquer um deles constitui-se, desde logo, uma questão de saúde pública”.
Por todas estas razões, a AEPSA solicita a inclusão dos operadores da água e dos resíduos na rede de postos estratégicos de abastecimento de combustível – tal como ocorreu na greve anterior – a par dos outros setores que o Governo já considerou incluir neste sistema prioritário de abastecimento.
Sobre a AEPSA
•Associação das Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente é uma associação empresarial que integra cerca de 45 empresas, representativas de toda a cadeia de valor do ambiente, em Portugal.
•As empresas associadas da AEPSA estão presentes em todo o território nacional e as suas operações asseguram serviços de água e saneamento a 20% da população portuguesa, enquanto os serviços de recolha e tratamento de resíduos abrangem cerca de 17%.
•A AEPSA tem como objetivos principais de actuação a representação e a defesa dos interesses coletivos das empresas privadas, com intervenção no setor do ambiente, constituindo-se como um interveniente essencial e dinamizador no desenvolvimento do mercado do ambiente. Mais informações no site www.aepsa.pt