Água&Ambiente na Hora Se uma empresa precisa de adquirir um veículo a opção por um carro elétrico já não é só uma possibilidade ambientalmente responsável: é a decisão mais económica. Os benefícios fiscais podem fazer baixar o preço de um veículo elétrico de 76 mil euros, como é o caso do Tesla Model S 60, para os 46 mil, ao fim de quatro anos. Um veículo de motor de combustão interna, do mesmo valor, pode ver o seu custo subir para os 106 mil euros ao fim desse mesmo período. “Costumamos dizer que uma empresa que não opte por comprar um carro elétrico pode até estar a fazer gestão danosa porque os prejuízos são gigantescos”, garante ao Água&Ambiente na Hora o presidente da UVE (Associação Utilizadores de Veículos Elétricos), Henrique Sánchez. (Ver vídeo aqui).?”Estamos a falar de uma diferença de 60 mil euros em quatro anos só para um carro. Para uma empresa que tenha uma frota de 10 carros são 600 mil euros”, sublinha. Os benefícios fiscais incluem a dedução de IRS, o subsídio de 2250 euros previsto no orçamento de Estado, a poupança de IRC, isenção de tributação autónoma e de IUC (Imposto Único de Circulação). Henrique Sánchez realça que estas contas ainda não contemplam os baixos custos de manutenção, mínima para os veículos elétricos, e de eletricidade, mais barata do que os combustíveis fósseis, seja gasóleo ou gasolina. “O Tesla é um topo de gama, mas carros se compararmos com o Renault Zoe conseguimos comprar pelo mesmo preço dois carros elétricos em vez de um de motor de combustão interna”, exemplifica. PARTICULARES PRECISAM DE EMPURRÃO?E se para as empresas o que existe é mais do que suficiente já o cidadão comum que pondera optar por um carro elétrico precisa de um empurrão extra. Os 2250 euros de incentivo, entre os mais baixos da Europa, são insuficientes na opinião do presidente da UVE. Estes utilizadores tem apenas como benesses estacionamento gratuito em quatro concelhos (Lisboa, Vila Nova de Gaia, Oeiras e Funchal) e isenção de IUC, além da possibilidade de carregar em casa ou no trabalho a partir de um sistema fotovoltaico de autoconsumo. “Em tarifa bi-horária o custo fica a um euro e meio por cada 100 quilómetros. No meu carro a diesel gastava nove euros para fazer a mesma distância”, ilustra.?A venda de carros elétricos já aumentou este ano 210 por cento face ao anterior trimestre do ano passado.?O ano passado venderam-se cerca de dois mil carros e a associação acredita que o número possa duplicar até final do ano. Atualmente, segundo dados da associação, circulam em Portugal cinco mil veículos elétricos e mais cerca de três mil ciclomotores e motociclos.?Henrique Sánchez prevê uma evolução exponencial do veículo elétrico ao ritmo a que forem sendo instalados os postos de carga, que avançam também em espaços particulares, como o Ikea. A acelerar o processo está ainda a diversidade de modelos (existem 40 quando há dois anos eram ap