Jornal de Notícias
Em empresas e hotéis serão tratados como resíduos hospitalares. Luvas e máscaras não podem ir para eooponto
Travar a pandemia da Covid-19 também passa pela gestão do lixo, sobretudo quando há doentes a serem tratados em casa. Se houver casos confirmados de infeção ou suspeitos, os resíduos domésticos continuam a ser depositados nos contentores comuns, mas com regras, sendo colocados num segundo saco.
Quanto aos recicláveis, ficam de “quarentena” antes de serem separados. E não devem ir para os ecopontos luvas, máscaras e outro material de proteção.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) recomendam que o lixo produzido nos domicílios e alojamento local, pelos doentes e quem lhes presta assistência, seja depositado em saco resistente e descartável, preenchido até dois terços. E deve usar- -se um segundo saco, igualmente bem fechado. Esse lixo vai para o contentor de indiferenciados.
Por sua vez, em sintonia com a informação da Dire- ção-Geral da Saúde (DGS), a Novo Verde, gestora de resíduos de embalagens, alertou que o lixo doméstico relacionado com a proteção – máscaras, luvas e lenços -, deve ser posto no contentor de indiferenciados e nunca separado para reciclagem ou colocado nos ecopontos. Em casa, se houver casos, deve usar-se caixote próprio.
Segundo as orientações da APA e da ERSAR, os resíduos de embalagens e recicláveis que são recolhidos nos ecopontos serão “submetidos a um período de ar- mazenamento definido pela DGS, antes do seu processamento na unidade de triagem”. O prazo desta “quarentena” não era ontem conhecido.
INCINERAÇÃO E ATERROS
Quando os casos de Covid- -19 ocorrem em empresas, hotéis e outros alojamentos com elevada concentração de pessoas, portos e aeroportos, o lixo é equiparado a resíduos hospitalares de risco biológico e depois encaminhado para um operador licenciado para o efeito.
No geral, os resíduos indiferenciados devem ser enviados, diretamente e sem triagem que possa romper os sacos, “preferencialmente para incineração”, em particular nas áreas urbanas de Porto e Lisboa, para instalações da Valorsul e Lipor. Porém, a APA e a ERSAR admitem que, por incapacidade ou localização geográfica, irão para os aterros.