Capital verde da Europa 2020 definiu metas para os próximos 10 anos, como a redução de C02 e do consumo da água em 60%
Reduzir as emissões de dióxido de carbono (C02) e o consumo de água em 60% até 2030, ter uma rede de distribuição de água reciclada própria em toda a cidade até 2025, ter mais 100 hectares de zonas verdes até 2021 e até nadar no rio Tejo são algumas das metas da Câmara de Lisboa para tornar a cidade na Capital Verde Europeia. O maior objetivo é atingir a neutralidade carbónica até 2050. Os compromissos ambientais foram anunciados ontem na apresentação oficial do programa da Lisboa Capital Verde Europeia 2020. Para cumprir as promessas, o município dispõe de 60 milhões de euros.
Na próxima sexta-feira, ficará disponível o site “lisboa- greencapital2020.com”, com várias informações, como as matrizes da água e da energia da cidade. Em janeiro, abrirá a Loja Capital Verde, na Praça do Município – um espaço com informação diária sobre a agenda
climática e, em novembro do próximo ano, será inaugurado o Eco Centro e Centro de Interpretação de Resíduos e Energia (CIRE), no Parque das Nações.
DOBRAR A RECICLAGEM
Estas foram algumas das medidas anunciadas pelo vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes. Os objetivos são “ambiciosos”, reconheceu, “mas são possíveis e até poderão ser ultrapassados”. Para tornar a
cidade mais sustentável, a autarquia compromete-se a melhorar a qualidade do ar de Lisboa, reduzir os níveis de ruído e ultrapassar os 100 megawatts de energia solar instalada até 2030. O município quer diminuir em 5 0% a quantidade de resíduos indiferenciados enviados para incineração e implementar em toda a cidade a recolha de biorresíduos seletiva porta-a-porta. Até 2030, esta deverá ser de 50% (atualmente é de 28%) e a taxa de reciclagem de 60% (em vez dos atuais 34,4%), ou seja, querem que esta duplique
Disponibilizar mil talhões de hortas urbanas até 2021, plantar 20 mil árvores num só dia e ser uma cidade sem cheias são outras das promessas. Nos planos da capital está ainda a transformação da Praça de Espanha numa área relvada e de usufruto da população. Onde agora se vê vias de trânsito, um parque de estacionamento e um terminal rodoviário, nascerá uma clareira relvada e um riacho.»