Ambiente Online O Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, confirmou hoje que quer fechar o negócio da privatização da EGF (Empresa Geral de Fomento), braço dos resíduos da empresa Águas de Portugal (AdP), ainda durante este mês de Setembro. Isto apesar do período de audiência prévia, que terminou ontem, ter sido alargado. “Neste momento está em curso a fase de elaboração do relatório por parte da comissão de acompanhamento. Continuo a pensar que será possível durante o mês de Setembro concluir esta privatização”., revelou o ministro depois de questionado sobre o assunto pelo Ambiente Online, durante a conferência de imprensa do Conselho de Ministros desta quinta-feira, 11 de Setembro. O ministro lembrou que a Parpública e a AdP formularam um relatório que foi partilhado com os candidatos “que a seu tempo será submetido ao Conselho de Ministros”. Terminou ontem o prazo para os três concorrentes à privatização remeterem os seus comentários ou reclamações ao relatório preliminar sobre o processo. A Mota-Engil, a empresa que foi indicada no relatório preliminar da Parpública e Águas de Portugal como a que deveria vencer o processo de privatização da EGF, continua confiante de que a decisão final lhe será favorável, como noticiou ontem o Ambiente Online. O grupo sustentou a sua candidatura no argumento mais forte – o preço, facto que até agora lhe deu vantagem e tem sido decisivo em processos de privatização. A proposta apresentada pela Mota-Engil para a compra da EGF foi a mais alta ascendendo a 349,9 milhões. A proposta da FCC ficou pelos 345, 3 milhões mas a empresa já veio dizer que está disposta a subir a parada. O grupo português, que concorre ao negócio através da sua participada SUMA, encontra-se ainda em vantagem porque tem o financiamento necessário garantido. A FCC, que prepara os argumentos finais para a reclamação ao relatório inicial, está contudo à frente no que diz respeito aos objectivos ambientais. O grupo, que há vários dias defende uma ronda final entre os dois melhores concorrentes, argumenta ainda que tem financiamento garantido suficiente para a compra da EGF, na ordem dos 293 milhões. Em terceiro lugar na corrida à privatização da EGF está o grupo português DST. O grupo belga de resíduos industriais Indaver foi excluído do processo.