“Possibilidade de falha de qualquer um destes serviços essenciais transforma-se numa séria questão de saúde pública”, diz setor privado dos resíduos. A seguir Cinco empresas põem providência cautelar a pedir ilegalidade da greve Mais Vistas TECNOLOGIA Se tiver alguma destas apps no seu telemóvel apague IMOBILIÁRIO Estas são as 10 casas de luxo mais vistas à venda em Portugal TECNOLOGIA O que deve fazer quando o smartphone tem a bateria viciada FINANÇAS PESSOAIS Os 5 segredos para a compra de carro que os vendedores esperam que não saiba TURISMO Os erros que (todos) cometemos quando compramos um voo online A greve dos camionistas pode resvalar para uma “séria questão de saúde pública”, caótica, pois afetará diretamente a atividade das empresas privadas que operam na recolha e tratamento do lixo urbano e industrial, alerta a associação deste setor. A Associação das Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente (AEPSA), que representa cerca de 45 empresas privadas que operam neste chamado “setor do ambiente”, “considera imperativo que os serviços de fornecimento de água – abastecimento e saneamento de águas residuais — bem como a recolha, tratamento, valorização e resíduos sólidos urbanos sejam integrados na rede prioritária de abastecimento”.
“Na iminência da situação de greve – anunciada a partir de 12 de agosto e por tempo indeterminado — por parte dos motoristas de matérias perigosas, a AEPSA alerta para as graves consequências da impossibilidade de acesso aos combustíveis na operação das suas empresas associadas, que asseguram serviços públicos essenciais do ciclo urbano da água e do setor da recolha, tratamento e valorização e reciclagem de resíduos, designadamente urbanos, industriais e perigosos”, refere a mesma entidade. “A possibilidade de falha de qualquer um destes serviços essenciais transforma-se numa séria questão de saúde pública.” Estamos no verão, as temperaturas são mais elevadas, há mais lixo devido ao turismo. Todos estes fatores concorrem para deteriorar ainda mais os níveis de salubridade dentro e fora das cidades. Eduardo Marques, presidente da AEPSA, diz que “não é admissível que os operadores privados destes dois sectores [resíduos sólidos e águas poluídas], imprescindíveis para as populações, não estejam incluídos na rede prioritária de abastecimento, dado que a possibilidade de falha de qualquer um deles constitui-se, desde logo, uma questão de saúde pública”. Tendo em conta a possibilidade dos camionistas interromperem o fornecimento de combustível em todo o país, a associação está a pedir a vários ministérios que inclua as suas associadas na tal rede prioritária de abastecimento. Os taxistas estão a pedir o mesmo. Até agora, o governo não deu qualquer resposta, garante a AEPSA. As empresas privadas do ambiente “estão presentes em todo o território nacional e as suas operações asseguram serviços de água e saneamento a 20% da população portuguesa, enquanto os serviços de recolha e tratamento de resíduos abrangem cerca de 17% da população”.