Há mais 18 praias costeiras e duas fluviais com a distinção. Algarve é a única região a perder uma bandeira face ao ano passado
Ambiente
Portugal ultrapassa pela primeira vez este ano as três centenas e meia de praias (352) com Bandeira Azul, mais 20 face a 2018, sendo 317 costeiras e 35 fluviais, anunciou ontem a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE).
“Entraram 18 novas praias costeiras e duas fluviais. Dezassete são novas no Programa Bandeira Azul, são praias que talvez aguardassem ser qualificadas e ser designadas exactamente como praias, porque, até aqui, ainda não eram designadas como praias”, explicou a coordenadora nacional do Programa Bandeira Azul, Catarina Gonçalves, em conferência de imprensa na Fábrica da Água de Alcântara das Águas do Tejo e Atlântico, em Lisboa.
Segundo Catarina Gonçalves, são quatro as principais áreas tidas em conta na avaliação de cada praia: “Informação e educação ambiental, que é para nós fundamental. O segundo grande grupo tem que ver com a qualidade da água balnear, o terceiro, serviços e equipamentos; e o quarto, com segurança.”
Das 352 praias galardoadas com a Bandeira Azul, o Algarve, com 88 praias costeiras (89 em 2018), continua a ser a região com mais bandeiras azuis, apesar de a praia do Pintadinho, no concelho de Lagoa (distrito de Faro), ter perdido este ano essa distinção. O Norte terá 75 praias com Bandeira Azul, 69 das quais costeiras (mais uma face a 2018 – São Félix da Marinha, em Vila Nova de Gaia, Porto) e seis fluviais, uma a mais face a 2018, com a entrada da praia fluvial Parque Dr. José Gama, Mirandela (distrito de Bragança).
A região do Tejo vai ter 54 praias com Bandeira Azul, 45 costeiras e nove fluviais, mais seis em relação ao ano passado, com destaque para o concelho de Oeiras (distrito de Lisboa) que, pela primeira vez, apresentou candidaturas de duas praias: a de Santo Amaro e a da Torre.
A praia fluvial de Fontes, no concelho de Abrantes (Santarém), e a praia do Salgado, na Nazaré (Leiria), também vão receber a Bandeira Azul, havendo ainda duas reentradas neste lote: a praia da Rainha, na Costa de Caparica, Almada (Setúbal), e de Janeiro de Baixo, no concelho da Pampilhosa da Serra (Coimbra).
A região Centro vai ter 28 praias costeiras com este galardão, mais quatro relativamente a 2018, com a atribuição às praias de cabo Mondego, de Cova Gala Hospital, da Murtinheira e da Tamargueira, todas no concelho da Figueira da Foz.
O Centro do país terá 16 praias fluviais, mais uma do que em 2018, havendo a perda da Bandeira Azul da praia da Senhora da Graça, Lousã (Coimbra), enquanto as praias de Avô, em Oliveira do Hospital (Coimbra), e de Areinho, Ovar (Aveiro), foram este ano galardoadas com a Bandeia Azul.
O Alentejo manteve a Bandeira Azul nas mesmas quatro praias fluviais distinguidas em 2018, mas aumentou para 31 as praias costeiras (mais três face a 2018), depois de as praias de Almograve Sul, das Furnas do Mar e do Malhão Sul, todas no concelho de Odemira (Beja), receberem este ano esta distinção.
A Região Autónoma dos Açores vai ter 39 praias com Bandeira Azul, mais duas em comparação com 2018. A praia da Ribeira dos Pelames, no concelho de Povoação (ilha de São Miguel) recebeu este ano o galardão, a que se juntam as reentradas das praias dos Salgueiros, Angra do Heroísmo (ilha Terceira), Almoxarife, no concelho da Horta (ilha do Faial) e Vinha da Areia, Vila Franca do Campo (ilha de São Miguel). As praias da Prainha, no concelho da Praia da Vitória (ilha Terceira), e do Barro Vermelho, no concelho de Santa Cruz da Graciosa (ilha Graciosa), perderam a Bandeira Azul.
Quanto à Madeira, a região vai receber 17 bandeiras azuis, mais três em relação ao ano passado, com a distinção da praia da Ribeira do Natal, concelho do Machico, e as reentradas das praias da Barreirinha, no Funchal, e da Calheta.
O concelho de Oeiras apresentou, pela primeira vez, candidaturas de duas praias: a de Santo Amaro (na foto) e a da Torre