A inexistência de período de adaptação às novas exigências no quadro dos parâmetros de qualidade das descargas de ETAR, é uma das principais preocupações das entidades gestoras, referiu António Ventura,presidente do conselho de administração da Simarsul, na 14ª Expo Conferência da Água , que decorre até amanhã em Lisboa. “Há situações em que não é possível fazer as adaptações em apenas 2 ou 3 anos. Porque temos de fazer um caminho de estudo e desenvolvimento de projeto, e depois um caminho de implementação desse projeto de desenvolvimento. A legislação anterior previa um período de adaptação de cerca de 7 anos, o que consideramos muito positivo”, avançou o responsável do sistema de saneamento e tratamento de águas residuais da margem sul. Pimenta Machado, vice presidente da APA (Agência Portuguesa do Ambiente), explicou que a nova abordagem passa por “olhar para a massa de água, e ter em consideração todas as pressões e usos dessas mesmas massas de águas. É uma abordagem dinâmica, ou combinada, porque se ajusta a ETAR a usos e pressões que variam ao longo do ano”. António Ventura alertou para os investimentos que serão necessários fazer e para os quais é imperativo “criar medidas nos próximos PRH, tal como no próximo plano estratégico e quadro comunitário de apoio, de forma a não onerar excessivamente a tarifa ao consumidor final”