O estudo sobre as bactérias resistentes a antibióticos na bacia do Ave, detetadas em 2016, deverá estar concluído no verão, estando os trabalhos a “meio da sua execução prática”.
O estudo sobre as bactérias resistentes a antibióticos na bacia do Ave, detetadas em 2016, deverá estar concluído no verão, estando os trabalhos a “meio da sua execução prática”.Segundo a tutela, o estudo das bactérias multirresistentes na bacia do rio Ave teve “início em junho de 2018” e está “sensivelmente a meio da sua execução prática”, estimando haver conclusões no verão deste ano, após a discussão e análise dos resultados alcançados.Tal análise irá acontecer no final da realização das quatro campanhas de monitorização previstas, a última das quais marcada para junho.Em 2016, a agência Lusa noticiava que tinham sido detetadas no rio Ave quatro estirpes de bactérias resistentes a antibióticos usados em hospitais para tratamento de infeções graves e, na altura, o ministro do Ambiente garantia que estava a acompanhar a situação, para investigar as origens, frisando que não havia motivos para alarmismos.O cientista Paulo Martins Costa, da Universidade do Porto, um dos membros da investigação científica que detetou as quatro estirpes de bactérias multirresistentes no rio Ave, afirmava na altura que os genes responsáveis pelas resistências das bactérias descobertas no rio Ave eram “idênticos aos identificados em bactérias isoladas em hospitais como, por exemplo, a ‘Klebsiella pneumoniae'”.Questionado pela Lusa, o Ministério do Ambiente explicou, numa nota hoje enviada, que os trabalhos atuais estão a “decorrer bem” e “de acordo com o planeado, sem notícia alarmante a assinalar”.O estudo da Águas do Norte prevê a caracterização da presença de antibióticos e bactérias resistentes nos afluentes rececionados e efluentes descarregados por Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) inseridas na bacia hidrográfica do Ave e em água superficial nos pontos a montante e jusante dos pontos de descarga das ETAR selecionadas, explicou o ministério.Questionado pela Lusa sobre se havia alguma conclusão preliminar ao estudo em curso, o ministério considerou ser “prematuro avançar com algum comentário”.”O estudo encontra-se sensivelmente a meio da sua execução prática”, assumiu a mesma fonte governamental, adiantando que a “discussão e análise dos resultados alcançados acontecerá no final da realização das quatro campanhas de monitorização previstas”, o que deverá acontecer em junho deste ano.Até ao presente encontram-se concluídas duas das quatro campanhas de amostragem previstas realizar, sendo que a primeira foi realizada em julho de 2018 (verão) e a segunda campanha foi realizada em outubro/novembro 2018 (outono).As próximas campanhas de amostragem estão previstas para este mês de janeiro e o próximo mês de fevereiro, e ainda na primavera, entre maio e junho.