A empresa pública Baía do Tejo anunciou hoje que está em curso a remoção de milhares de toneladas de resíduos no parque empresarial do Seixal, numa operação de 8,7 milhões de euros, que deverá estar concluída em 2019.
A empresa pública Baía do Tejo anunciou hoje que está em curso a remoção de milhares de toneladas de resíduos no parque empresarial do Seixal, numa operação de 8,7 milhões de euros, que deverá estar concluída em 2019. Em documento enviado à agência Lusa, a empresa refere que a operação, que foi consignada em 21 de agosto, tem como objetivo a remoção de 21.250 toneladas de lamas da aciaria e de 30.250 toneladas de “pós de goela”, que se encontram na zona norte território da antiga Siderurgia Nacional. “Estes resíduos serão removidos, carregados e encaminhados para o Centro Integrado de Recuperação Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos, propriedade da Entidade Executante EGEO/SISAV. A intervenção terá a duração de seis meses, tendo até ao momento sido removidas cerca de 6.000 toneladas de lamas da aciaria”, refere, explicando que a operação decorre no âmbito de candidatura aprovada pelo POSEUR no valor de 8,7 milhões de euros. A Baía do Tejo, do universo Parpública (empresas detidas pelo Estado), tem a seu cargo a gestão dos Parques Empresariais localizados no Barreiro, Seixal e Estarreja, bem como o desenvolvimento do projeto Arco Ribeirinho Sul, que prevê a requalificação de antigas áreas industriais da Quimiparque, no Barreiro, da Siderurgia, no Seixal, e da Margueira, em Almada. A empresa salienta que no parque empresarial do Barreiro já foram executadas intervenções no valor de 5,8 milhões de euros, que permitiram a retirada de 33.330 toneladas de resíduos. “Nas candidaturas aprovadas para o Barreiro e Seixal foram executadas ou encontram-se em curso operações no valor global de 14,5 milhões de euros e serão lançados este ano novos concursos para estudos no Barreiro e Seixal para áreas considerados como prioritárias pela Agência Portuguesa do Ambiente, que serão objeto de novas candidaturas”, explica a Baía do Tejo, num processo que tem estado a decorrer desde 2011, de modo a conseguir a requalificação ambiental dos territórios. No caso do parque empresarial do Barreiro, a Baía do Tejo avançou também com uma intervenção de 1,1 milhões de euros, que decorreu ao longo de quatro meses, para ligar o serviço de infraestruturas de saneamento que foram sendo construídas ao longo de 100 anos de laboração do parque industrial, onda estava localizada a antiga CUF, que foi um dos maiores complexos industriais europeu no século passado, à Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Barreiro e Moita. “Irá permitir encaminhar para a ETAR da Simarsul o efluente produzido, não só pelas cerca de 200 empresas instaladas no Parque empresarial, mas ainda aquele proveniente de algumas zonas da cidade do Barreiro”, explica. Constituída por uma estação elevatória e três descarregadores de tempestade com válvulas de maré, para evitar o refluxo, e perto de um quilómetro de tubagens de compressão, prevê-se que este conjunto de infraestruturas entre em serviço após a aprovação de ligação ao concedente Simarsul. O secretário de estado do Ambiente, Carlos Ambiente, vai estar na segunda-feira nos dois parques empresariais, para visitar o local onde decorre a ligação de resíduos e a empreitada de ligação da rede de saneamento à ETAR.