Água&Ambiente na Hora A energia produzida a partir de resíduos urbanos depositados em aterros sanitários poderá baixar cerca de 15 por cento até 2020 por causa da redução gradual da quantidade de resíduos depositados que se regista já desde 2010.? De acordo com a caracterização dos resíduos indiferenciados realizada em 2016, os resíduos putrescíveis, como?os resíduos alimentares e o papel/cartão,?parecem apresentar uma tendência de redução que será confirmada em futuras caraterizações. Estas frações, pela sua natureza biodegradável, contribuem para a geração de biogás nos aterros sanitários. MELHOR GESTÃO DA DESPENSA “Esta é uma tendência que pode?indiciar que estamos a ter mais racionalidade com a gestão da nossa despensa. Há menos desperdício alimentar”, sublinha Rui Dores da EGF ao Água&Ambiente na Hora. Esta tendência, de redução de produção de biogás, explica-se também pela?opção crescente pela valorização da fração orgânica dos resíduos que por esse motivo não são depositados em aterro. Nos centros electroprodutores que possui a EGF produz eletricidade que é vendida à rede, ao abrigo da produção em regime especial, e ainda calor usado internamente nas suas instalações.? Em 2015 a energia exportada, produzida a partir de biogás de aterro, atingiu os 168.443 MWh, ficando nos 167.730 MWh em 2016. De acordo com as previsões da EGF a produção de energia poderá decrescer para os 87.157 MWh em 2030 por via da proposta de redução da deposição de resíduos em aterro sanitário que está a ser discutida no âmbito do Pacote da Economia Circular no Parlamento Europeu, segundo os dados apresentados nas jornadas técnicas “Gestão de Resíduos: Eficiência na utilização de recursos”, que decorreram?esta terça-feira no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa.?A?limitação?da?deposição de resíduos urbanos?em aterro?será debatida no? 11º Fórum Nacional de Resíduos, que decorre de 19 a 20 de abril, uma organização do ?jornal Água&Ambiente.??