Diário de Notícias Online O ministro do Ambiente, João Pedro Fernandes, referiu que se trata de problemas ambientais graves. O ministro do Ambiente, João Pedro Fernandes, referiu que se trata de problemas ambientais graves. A operação de limpeza dos sedimentos no Tejo precisa de mais um mês para reunir todos os meios necessários e terá um custo entre 1 milhão e 1,2 milhões de euros, avançou hoje o ministro do Ambiente. A remoção dos 30 mil metros cúbicos de sedimentos no rio Tejo é um processo que “obriga a cuidados ambientais e demorará cerca de um mês” para ser possível reunir todos os equipamentos necessários, que não existiam nas entidades públicas, disse João Matos Fernandes. O governante está a ser ouvido na comissão parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, a pedido do CDS e do BE, sobre a poluição no rio Tejo. A 24 de janeiro uma quantidade de espuma apareceu no rio Tejo, perto de Abrantes, levando à recolha de mostras que detetaram uma presença de elementos de celulose elevados. A existência de cerca de 30 mil metros cúbicos de sedimentos levou à emergente remoção dos mesmos. Processo que já foi iniciado, tendo sido já retirados 60 metros cúbicos. O ministro explicou que estão a ser adquiridos vários equipamentos específicos para esta operação como mangas de aspiração com quilómetros de dimensão que “não havia”. Em resposta a questões dos deputados, nomeadamente de Heloísa Apolónia do Partido Ecologista os Verdes (PEV), acerca do investimento necessário para esta operação, o ministro avançou que está estimado entre um milhão e 1,2 milhões de euros. A operação global de limpeza “tem uma estimativa entre um milhão de euros e 1,2 milhões de euros e será paga através do Fundo Ambiental”, salientou João Matos Fernandes. “É obrigação nossa e temos de o fazer depressa. Vamos pagá-la numa primeira fase”, como foram pagas outras operações de remoção de resíduos, como S. Pedro da Cova o Cachão, defendeu. O ministro do Ambiente referiu que se trata de problemas ambientais graves e o Governo não deixará de tentar resolver o assunto. “Havendo culpa de alguém, não deixaremos de procurar ser ressarcidos”, garantiu. O governante salientou que a redução em 50% da capacidade de rejeição de efluentes da Celtejo só foi possível devido a “um conjunto de informação” para o fazer. Questionado sobre os critérios para a revisão das licenças para as indústrias no Tejo, João Matos Fernandes explicou que “a qualidade da água é fundamental para definir o padrão, a partir do qual ele não pode piorar pela existência de uma indústria ou de uma qualquer outra utilização”. “Mas, com certeza que a licença que vai ser passada está mesmo indexada à capacidade de tratamento da Celtejo, isto é, à capacidade que a Celtejo tem de ter para garantir que a qualidade da água se não degrada”, notou. As novas licenças terão, no entanto, que levar em conta aspetos como a quantidade de oxigénio existente no meio recetor e nos efluentes, de forma a assegurar que as descargas se adequam às condições do rio. O ministro admitiu que não existem dúvidas de que a poluição no Tejo foi provocada pela indústria da celulose, mas recusou que exista uma relação direta com a alteração da licença, com o aumento da capacidade de descarga pela Celtejo, e assumiu que não é “tempo” para substituir qualquer dirigente. Respondeu quando questionado por deputados do BE e do PAN sobre se mantém a confiança no presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (AP).