Diário de Notícias Triplicar o peso da mobilidade elétrica na atividade da Efacec é a aposta do seu CEO para os próximos anos. Ângelo Ramalho está à frente de uma empresa que é líder mundial em carregadores de carga rápida e antevê um crescimento de três dígitos para a casa dos cem milhões de euros nos próximos três anos. A aposta imediata são as infraestruturas de carregamento ultrarrápido para as autoestradas da Europa e dos Estados Unidos. Como é que a Efacec se posiciona no mercado da mobilidade do futuro?Somos dos principais fabricantes mundiais de infraestrutura de carregamento de veículos elétricos e com presença em mais de 40 países nos cinco continentes. A Efacec é líder mundial em vários segmentos, com destaque em carga rápida e ultrarrápida (15 minutos para 300 km) e é considerada uma referência mundial, estando envolvida nos grandes projetos mundiais. Quando entrou neste mercado? Em finais de 2008, muito antes do lançamento de veículos no mercado nacional, o que só aconteceu em 2010. Aí, começou uma aproximação aos construtores de veículos que se tem fortalecido. Em 2009 esteve no lançamento do projeto mobi.e e assumiu a infraestrutura de carregamento. Toda a rede piloto foi fornecida pela Efacec, num total de 1200 pontos de carregamento normal e 50 de carga rápida. E no estrangeiro? Qual a evolução? Em 2011 começaram os projetos internacionais. Inglaterra, Turquia, Estados Unidos, Brasil, Holanda foram os primeiros países para onde exportámos e estabeleceu-se uma operação nos Estados Unidos. Desde aí temos expandido, alavancando com parcerias locais e com grandes atores transnacionais do setor, tais como Siemens, Garo, Innogy, Allego, Electric Mobility Brasil, Ms.eMobi, Planet Solar ou Renovado. Têm outros equipamentos e serviços na área da mobilidade? Complementarmente oferecemos soluções chave na mão, quer para carga privada quer pública, incluindo plataformas de suporte à operação, como softwarede gestão de rede, só para citar um exemplo. Onde é visível a inovação da Efacec?A Efacec tem estado na linha da frente, antecipando soluções. São disso exemplo o fato de ter tido a primeira certificação CHA de MO fora do Japão e ter sido a primeira no mercado com CCS e com multistandardno mercado com semirrápido, sendo um dos poucos operadores que estão na wireless. Além disso, está na linha da frente dos grandes projetos de ultrarrápida na Europa e nos EUA, dos poucos que já apresentam integração de baterias nos carregadores. Conquistámos ainda vários prémios, mesmo sem concorrer, como sejam o Optimus (pelo uso da sua rede no piloto mobi.e), COTEC (pelos carregadores rápidos), Exame Informática (pelos ultrarrápidos) e a fiabilidade dos nossos produtos. Quanto vale o mercado nacional? Apesar de Portugal representar cerca de 5% do nosso volume de negócios em mobilidade elétrica, fruto da sua reduzida dimensão, somos líderes no mercado nacional. Fizemos 100% da rede piloto mobi.e e ganhámos a maioria de todos os outros projetos até agora. Alguns exemplos são a rede de carga rápida da Galp, a sede da EDP em Lisboa, Eletricidade da Madeira, projetos das marcas de automóveis, vários municípios e grandes empresas, e ainda a rede do grupo Águas de Portugal, recentemente inaugurada. E os mercados externos?A Europa e as Américas representam cerca de 90% do nosso negócio. Praticamente toda a Europa, com destaque para os maiores mercados de mobilidade elétrica, como Alemanha, Inglaterra, Suécia, Noruega e Holanda. Estamos a desenvolver mercados na Ásia, na América Latina e na Oceânia. Quanto representa a área da mobilidade elétrica na vossa atividade? Hoje representa 6% e gostaríamos de que num futuro próximo passasse a representar 15%. Qual é o volume de negócios e quanto esperam crescer?Antevemos um crescimento de dois ou três dígitos ao ano, chegando perto dos cem milhões de euros em três anos. O emprego também cresce: vamos passar dos 112 par 190 no final do ano e 400 em 2025. Quais os projetos e apostas estratégicas da empresa nos próximos anos?Apostar na inovação e manter a posição de liderança no setor, conquistando novos mercados. Estamos envolvidos, com uma posição de destaque, em projetos para dotar redes de autoestra- das na Europa e nos EUA com infraes- truturade carregamento ultrarrápido, que irá eliminar uma das ba