TSF – Rádio Notícias Online O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que a nova reestruturação do setor das águas vai “responder às especificidades de cada território” e tornar a gestão mais eficiente. A nova reestruturação do setor das águas resulta da reversão do modelo que tinha sido implementado pelo anterior Governo PSD/CDS-PP, que agregou sistemas de abastecimento de água em alta, fundindo 19 sistemas multimunicipais em apenas cinco empresas (Águas do Norte, Águas do Centro Litoral, Águas de Lisboa e Vale do Tejo e as já existentes Águas do Alentejo e Águas do Algarve).Por seu turno, o atual Governo decidiu separar os sistemas de água em alta fundidos contra a vontade das autarquias, propondo a criação da Águas do Tejo Atlântico (com municípios do Oeste, da antiga Sanest – Saneamento da Costa do Estoril e Simtejo – Sistema Integrado de Saneamento dos Municípios do Tejo e Trancão) e a reposição do sistema multimunicipal da península de Setúbal (Simarsul), por cisão da Águas de Lisboa e Vale do Tejo.Esta tarde, em Lisboa, durante a cerimónia da entrega da gestão do sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da Grande Lisboa e Oeste à empresa Águas do Tejo Atlântico, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, assegurou que o novo modelo será mais “realista” e “vantajoso”.”Esta mudança era imperativa porque o anterior Governo criou um sistema sem qualquer noção de escala. Fazer a gestão de 92 municípios era uma coisa insana, traçada por quem tinha outras vontades”, afirmou.João Pedro Matos Fernandes sublinhou que a atual solução “é boa, reiterando a necessidade de se voltar a um modelo com uma escala normal e “construído sem ser à revelia dos municípios”.”Conversamos e construímos soluções conjuntas, respondendo às especificidades de cada território”, atestou.A Águas do Tejo Atlântico, empresa do Grupo Águas de Portugal foi criada por cisão da empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo, que manterá a sua operação na região do Vale do Tejo, e prestará serviços de tratamento de águas residuais a 23 municípios da região.Esta empresa abrange cerca de 2,4 milhões de pessoas dos concelhos de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Cascais, Lisboa, Loures, Lourinhã, Mafra, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Oeiras, Peniche, Rio Maior, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Torres VedrasNo âmbito da operação da Águas do Tejo Atlântico integram-se algumas das maiores infraestruturas de tratamento de águas residuais do País, como é o caso da ETAR de Alcântara, em Lisboa, e da ETAR da Guia, em Cascais.