Beira News O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, garantiu hoje, na Covilhã, que a tarifa da água para os sistemas de menor densidade não irá aumentar em virtude da separação dos sistemas de água em alta. O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, garantiu hoje, na Covilhã, que a tarifa da água para os sistemas de menor densidade não irá aumentar em virtude da separação dos sistemas de água em alta.”Não vai haver aumentos de tarifas por causa do destaque dos sistemas do litoral”, afirmou.João Matos Fernandes falava à margem do debate “Águas e Resíduos Perspetivas de Futuro” promovido na Universidade da Beira Interior, Covilhã, distrito de Castelo Branco, no âmbito do ciclo de dez debates organizado pelo Ministério dos Negócios Estrageiros/Secretaria de Estado dos Assuntos Europeus para assinalar os 30 anos de integração de Portugal na União Europeia.Questionado sobre as alterações previstas no setor da água, o governante garantiu que “até final do ano” será concluída a revisão da reforma levada a cabo pelo Governo PSD/CDS-PP, que agregou sistemas de abastecimento de água em alta, fundindo 19 sistemas multimunicipais em apenas cinco empresas (Águas do Norte, Águas do Centro Litoral, Águas de Lisboa e Vale do Tejo e as já existentes Águas do Alentejo e Águas do Algarve).Em relação às autarquias que concordavam com esta fusão, designadamente as que integravam sistemas de menor densidade populacional, o ministro sublinhou que “existe o compromisso de não aumentar a tarifa da água” que lhes é vendida.”É um compromisso claro e que iremos honrar. Dito de outra forma, não há razão para que aqueles que se sentem beneficiados com a fusão possam ter qualquer receio”, referiu.Admitindo que “é mais fácil ter um preço mais baixo na água nos sistemas metropolitanos e nas cidades maiores”, o governante também explicou que já foi encontrada uma solução que permitirá manter as tarifas para os sistemas mais pequenos.”O que está desenhado é um mecanismo de compensação externo, isto é, com a criação do fundo ambiental, a 08 de junho, há uma verba que vai servir para reduzir o défice tarifário nestes sistemas de baixa densidade”, especificou.João Matos Fernandes reiterou ainda que o que estava delineado com a fusão de sistemas tinha apenas um prazo de cinco anos e que, depois desse tempo, “era inevitável haver uma escalada de tarifas”.Por outro lado, defendeu que o caminho a seguir passa pela agregação dos sistemas municipais em baixa (sistemas que levam a água até à casa das pessoas), o que permitirá alcançar sistemas eficientes e equilibrados do ponto de visa económico-financeiro.Segundo referiu, é igualmente importante apostar numa boa gestão, designadamente no que concerne à capacidade de reduzir a água não faturada (perdida).”Quando se diz que há municípios em Portugal onde existe 50% de água não faturada, há quem pense que isto é um problema de cano roto e de conduta velha; também é (?) mas é muito mais do que isso”, disse, dando o exemplo de autarquias que não pagam a água por serem elas próprias as gestoras do sistema.Do ponto de vista da qualidade ambiental, considerou que a aposta nos transportes públicos “é um desígnio fundamental” para se poder reduzir o problema da qualidade do ar e para conseguir a redução de 25% dos gases de efeitos de estufa que decorrem da atividade do transporte.