Ambiente Online ERSAR está a reformular índice para “criar mais pressão” sobre este assunto no sector O índice de conhecimento infra-estrutural e gestão patrimonial, que até agora era pedido pela ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos) às entidades gestoras de abastecimento de água e saneamento,como um dos indicadores para avaliar a qualidade dos serviços, vai ser desdobrado em dois. No futuro haverá um indicador específico para medir o conhecimento infra-estrutural, que considerará todas as infra-estruturas sob a responsabilidade da entidade gestora. O índice passará ainda a ser pontuado de 0 a 200 deixando de ter valores entre os 0 e os 100 pontos como até aqui, explicou a directora do Departamento de Engenharia – Águas da ERSAR, Paula Freixial, nem especificar quando entrará em vigor. “Nos resultados da avaliação deste índice nos últimos anos, ainda de zero a 100, sentimos muitas dificuldades, por parte das entidades gestoras, em responder a este indicador com níveis adequados, mais nas entidades gestoras em baixa do que nas entidades gestoras em alta, mas há possibilidade de melhoria. Temos que melhorar este índice para criar mais pressão sobre este assunto nesta altura no sector”, sublinhou a responsável. Para o índice de conhecimento infra-estrutural passarão a ser considerados não apenas redes e ramais, mas também Estações de Tratamento de Águas, Estações de Tratamento de Águas Residuais, reservatórios e estações elevatórias. “Não que nos tivéssemos esquecido mas porque consideramos que tem que existir um processo evolutivo”, esclarece. O regulador irá também pontuar mais quem tiver os registos desta informação em suporte informático. A gestão patrimonial de infra-estruturas vai tomar igualmente outra dimensão já que permitirá verificar a “existência de planeamento ao nível estratégico, táctico e operacional” e incluirá, por exemplo, auditorias de monitorização e revisão dos planos. O índice de medição de caudais, até agora só aplicado ao saneamento, para controlar questões como a entrada das águas pluviais nos sistemas de saneamento, passará a estender-se às águas “com especificações de própria medição de caudais nos pontos de entrada e de saída dos sistemas”. A verificação das medições para efeitos de facturação dos sistemas em alta é outra das novidades que a ERSAR quer contabilizar. “Pretendemos com este índice avaliar o modo como esse património é gerido ao longo do tempo”. A ideia é que este índice venha a constituir por ele próprio acreditação do cumprimento da lei com a definição de quantos pontos é que as entidades gestoras deverão atingir. Com esta reformulação a lista de informação a fornecer ao regulador passa a ser mais exaustiva, mas o objectivo é que no futuro não seja necessário voltar a carregar informação repetida. Estes índices poderão constituir “um bom referencial para as entidades gestoras definirem onde querem chegar”, concluiu a responsável. Paula Freixial apresentou a reformulação do índice em que a ERSAR está a trabalhar durante o IV Fórum de Experiências e Divulgação de Boas Práticas da Aquasis, que decorreu a 6 de Maio no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa.