Ambiente Online Secretário de Estado do Ambiente já contactou directamente três centenas de autarquias Cinquenta dos 308 municípios portugueses já estão envolvidos em processos de agregação para a gestão do abastecimento de água em baixa. A garantia foi dada pelo próprio secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, que revelou já ter contactado directamente 300 autarquias. “É uma estratégia de formiguinha porque exige muito trabalho de proximidade. Hoje os municípios estão conscientes de que em alguns casos não têm escala adequada para dar o salto de qualidade que eles próprios também pretendem”, sublinhou antes de anunciar que um dos futuros sistemas supramunicipais reunirá em Viseu sete entidades gestoras. O anúncio foi feito durante o seminário “O Mundo da Água em 2050”, que decorreu na última quarta-feira, organizado pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem das Águas (APDA) e patrocinado pelas Águas do Ribatejo, sistema intermunicipal que Carlos Martins considera um “exemplo de boas práticas”. Carlos Martins lembra que o Governo está apostado em criar escala criar escala nos sistemas municipais sobretudo nos aglomerados populacionais mais dispersos de forma a incentivar a boa gestão destes serviços de água. “Temos municípios que vão de duas centenas de pessoas até 500 mil em Lisboa. Têm as mesmas regras e têm que cumprir os mesmos requisitos para cumprir um serviço de qualidade aos seus clientes”, ilustra. O secretário de Estado do Ambiente sublinha que o processo respeita as competências municipais e é mais de “persuasão do que de imposição”. Como o já Ambiente Online já noticiou as autarquias representam metade de um total de 347 entidades gestoras a gerir a água em baixa estando o restante, na maior parte dos casos, a cargo de concessões a privados (15 por cento) e estruturas intermunicipais e serviços municipalizados (35 por cento).