Correio da Manhã Demolição visadas oito infraestruturas consideradas obsoletas A Beira Interior vê as duas barragens contempladas no Plano Nacional serem agora chumbadas. As infraestruturas visadas são Alvito (Castelo Branco), a ser construída no rio Ocreza, afluente do Tejo, e Girabolhos (Seia) no rio Mondego. Luz verde obteve a barragem de Foz Tua, obra muito contestada pelos ambientalistas.O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, explicou que a decisão sobre Alvito “já estava tomada” e teve por base a decisão da EDP (promotora) de não avançar com a sua construção.Girabolhos não sai do papel por as necessidades energéticas não justificarem a construção. Matos Fernandes garante que a promotora, a Endesa, não será indemnizada. “O pagamento inicial feito pela empresa no momento da celebração do contrato não terá de ser devolvido, por isso, não há aqui custo nenhum para os contribuintes”, referiu. A Endesa pagou 35 milhões de euros ao Estado para assegurar a concessão.Desnecessária revelou-se também Fridão (Amarante), no rio Tâmega, que foi suspensa por três anos, período em que não será tomada qualquer decisão. Para não pagar uma indemnização de 300 milhões à Iberdrola, foram autorizadas Alto Tâmega, Gouvães e Daivões. Aremo- delação do plano contempla ainda a demolição de oito infraestruturas hídricas por estarem obsoletas. São elas os açudes de Riba Côa, Foz do Sousa, Sernada, Pisões, Drizes, Peneireiro (Alvito), Misericórdia e Sardinha. Também não serão criadas 68 mini-hídricas.