Diário de Notícias Madeira Portugal necessita de um “choque de eficiência” na área ambiental do lado da procura, nomeadamente na deposição de resíduos em aterro e perdas de água, defendeu ontem o ministro do Ambiente. “Nas várias áreas fomos conseguindo consolidar a nossa qualidade do lado da oferta, mas a procura está ainda por atingir plenamente, temos de ter um choque de eficiência”, afirmou Jorge Moreira da Silva, na apresentação formal do Smart Waste Portugal, que já reúne 33 operadores na área dos resíduos. Segundo o governante, o país conseguiu na infraestruturação de águas “atingir níveis extraordinários”, bom desempenho que se alargou ao tratamento de águas residuais, qualidade das águas balneares, número de bandeiras azuis, eliminação de lixeiras, redução da deposição em aterro, promoção da reciclagem e produção de energias renováveis. Apesar da avaliação positiva e optimista do que foi feito pelo Governo, o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia diz que não se conforma “quanto à dimensão da eficiência”. “Um país que ainda deposita 50% dos seus resíduos em aterro, perde 40% da água que distribui e depende em 70% da energia do exterior ainda precisa de um choque de eficiência para poder alinhar cada vez mais as suas estratégias de crescimento e de competitividade com uma utilização mais eficiente de recursos”, realçou. O cluster, agora chamado Smart Waste Portugal, foi lançado no final de fevereiro, e pretende ser uma plataforma de todas as entidades com atividade relacionada com o lixo, tendo em conta que existe uma diferença entre resíduos domésticos, industriais ou agrícolas.