I Online Moreira da Silva disse também que Portugal, através da sua capacidade, poderá “atrair projectos e investimento, criando emprego” O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, disse hoje em Leiria que a aposta no crescimento verde é uma oportunidade para Portugal exportar os seus bens e serviços verdes, cuja procura é crescente à escala mundial. Durante o encerramento da conferência/debate “O Crescimento Verde na área dos Resíduos”, promovida pela Associação das Empresas Portuguesas do Sector do Ambiente (AEPSA), Moreira da Silva afirmou que, neste momento, existe “uma procura crescente de bens e serviços verdes à escala mundial” e Portugal “não pode deixar de aproveitar as oportunidades”. Segundo o governante, “Portugal tem capacidades extraordinárias nesta área”, nomeadamente “recursos humanos altamente qualificados, instituições de grande relevância, recursos naturais ímpares à escala global e infra-estruturas já realizadas”, o que “cria um quadro de grande potencial numa altura em que o mundo mais precisa dessa capacidade”. Jorge Moreira da Silva afirmou que “90 por cento dos fundos que estão no Banco Mundial, Banco Africano e Banco Interamericano para o Desenvolvimento estão orientados para as áreas da água, resíduos, saneamento e energia”. “Sabemos que, até 2030, será necessário cumprir uma série de objectivos de saneamento, tratamento de águas residuais, acesso a água e tratamento de resíduos à escala mundial, em especial nos países em desenvolvimento, o que oferece às empresas, aos especialistas e às instituições portugueses uma oportunidade de exportação e serviços verdes”, sublinhou. O governante lembrou a alteração legislativa alcançada recentemente “para interligações energéticas”, que irá “permitir não só cumprir metas nacionais ambiciosas nas energias renováveis, mas cada vez mais poder ajudar os outros países a cumprir as suas metas a um custo mais baixo”. Moreira da Silva disse também que Portugal, através da sua capacidade, poderá “atrair projectos e investimento, criando emprego”. Desta forma, “seja por razões de responsabilidade ambiental, seja por razões de alterações estruturais que ainda são necessárias nesta área, seja por razões de oportunidade económica, o país deve olhar para o crescimento verde como um elemento central da estratégia nacional e não uma questão lateral do ministro do Ambiente, dos secretários de Estado ou vereadores do Ambiente”, rematou.