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No dia 14 de outubro assinala-se a 7ª edição do Dia Internacional dos Resíduos Elétricos, promovida pelo WEEE Forum, a associação internacional que reúne 53 entidades de gestão de resíduos elétricos de todo o mundo, e que em Portugal é representada pelo Electrão.
‘Destralha a casa de equipamentos elétricos’ é o mote desta edição e o desafio é combater a tendência de acumulação, que continua a ser um obstáculo para as metas de reciclagem destes resíduos.
Só nas casas europeias existem cerca de 700 milhões de telemóveis avariados ou sem uso, segundo dados divulgados pelo WEEE Forum. “Há muito a fazer para contrariar a tendência de acumulação dos equipamentos elétricos, especialmente dos aparelhos mais pequenos, que tantas vezes ficam esquecidos em gavetas. Os números demonstram que o potencial de reciclagem de equipamentos elétricos acumulados nas casas é muito elevado e é urgente dar uma segunda vida a estes aparelhos”, salienta o Electrão, em comunicado.
O Electrão irá assinalar a efeméride com o lançamento de uma campanha que promove a recolha postal de pequenos equipamentos, ainda mais perto do cidadão e de forma fácil e gratuita.
Recorde-se que anualmente são produzidos 62 milhões de toneladas de resíduos elétricos em todo o mundo. Cerca de um terço destes resíduos, 20 milhões de toneladas, são pequenos equipamentos e apenas 12% são corretamente encaminhados para reciclagem e tratados. Os restantes pequenos equipamentos continuarão acumulados em casa ou acabarão nos resíduos indiferenciados, contribuindo para o volume da deposição nos resíduos domésticos.
Esta realidade é mostrada pelos dados do relatório desenvolvido pela ONU ‘Global E-Waste Monitor 2024’: um em cada quatro equipamentos usados acaba depositado no caixote do lixo indiferenciado, o que significa que 14 milhões de toneladas de resíduos são desperdiçados anualmente em todo o mundo.
“Este desperdício, em conjunto com a acumulação, representa a perda de materiais como cobre, ouro e outros materiais essenciais para o fabrico de novos produtos e para a transição digital e ecológica. Por outro lado, a correta gestão dos equipamentos elétricos em fim de vida pode ajudar a reduzir as emissões de CO2 em 93 mil milhões de quilos por ano, o correspondente às emissões anuais de mais de 20 milhões de automóveis”, acrescenta o Electrão em comunicado.