Água & Ambiente
Eduardo Marques, presidente Empresas Portuguesas do Setor do Ambiente (AEPSA) “[…] É tempo de se perceber que o determinante não é o serviço ser público ou privado, o que interessa é que o serviço seja de qualidade e eficiente, tecnologicamente evoluído e no maior respeito pelos recursos naturais, neste caso, pelo recurso água, onde assume especial pertinência a melhoria da eficiência hídrica das redes públicas. É sempre bom lembrar que em Portugal ainda se perde mais de 30% da água que entra nos sistemas e que as entidades gestoras públicas (gestão direta, gestão delegada ou concessão pública) têm perdas de água da ordem de 30%, em média, enquanto as concessionárias privadas, em média, têm perdas da ordem de 15%. Uma coisa é certa, todos são precisos (públicos e privados), pois o futuro é incerto e seguramente difícil no Ambiente, sobretudo tendo em conta as alarmantes consequências das alterações climáticas, que já vivemos intensamente. O ditado diz: água mole em pedra dura tanto dá até que fura. Pelo lado das concessionárias privadas, digo que se aplica o ditado em pleno, tendo em conta a qualidade de serviço que prestam apesar de todos os constrangimentos, no entanto, no que respeita a este tipo de iniciativas legislativas diria antes: água mole em pedra dura nem sempre fura…”