Água&Ambiente na Hora
Em entrevista ao jornal Água&Ambiente, Leonardo Mathias, presidente da SDR Portugal, constituída em setembro de 2021 e que tem a ambição de vir a gerir de forma centralizada o futuro Sistema de Depósito e Reembolso de embalagens e bebidas, reconheceu que o SIGRE – Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens irá ter de ser compensado pelo desvio de materiais para o novo sistema. “Nós estimamos que, no ano 3, com uma retoma de cerca de 90%, que cerca de 10% [das embalagens] vão para o SIGRE e, portanto, isso tem de ser compensado de alguma forma”, explicou.
Leonardo Mathias disse ainda que só um sistema centralizado poderá ser eficaz, fiável e simples para o consumidor, para permitir que Portugal possa atingir as metas de reciclagem de embalagens, previstas para 2025 e 2030. De acordo com o responsável é essa solução que se tem traduzido em casos de sucesso nalguns países da Europa e nos Estados Unidos: “O que defendemos é que haja um sistema que organize a arquitetura de como é que funciona toda a cadeia de valor”. No entanto, o funcionamento do novo sistema, previsto na lei, aprovado em 2018 e que deveria ter arrancado no início deste ano, terá ainda de ser regulamentado pelo Governo.