Jornal de Negócios
Dados da Novo Verde indicam que a quantidade de embalagens recolhidas para a reciclagem cresceu 8,2% no ano passado. No caso do plástico, o aumento foi de dois dígitos. Os portugueses reciclaram mais de 470 mil toneladas de embalagens ao longo do ano passado, refletindo um aumento na ordem dos 8,2% face a 2020, revelam dados da Novo Verde. Segundo a entidade gestora de resíduos de embalagens, o crescimento deu-se em toda a linha, com destaque para materiais como o plástico que subiu 18% para 90 mil toneladas e para o vidro que, com aproximadamente 205 mil toneladas recolhidas, aumentou 6% face a 2020. Já a reciclagem de embalagens de cartão/papel teve um incremento superior a 5% para 141 mil toneladas. Em comunicado, enviado esta quarta-feira às redações, a Novo Verde sinaliza também o aumento de 16% dos materiais de embalagens destinados ao ecoponto amarelo. Além do plástico, a entidade gestora coloca em relevo o incremento de 18,7% das embalagens de cartão para alimentos líquidos, assim como a subida de 10% em média das embalagens de metal. Uma categoria em que se inclui o aço e o alumínio, que aumentaram 8,7% e 32,2%, respetivamente, o que, segundo a Novo Verde, indica que foram reciclados, por exemplo, um maior número de pacotes de leite ou de sumos e de alimentos e/ou produtos acondicionados em latas. “Os últimos dois anos, cujo enquadramento sanitário e social todos conhecemos, ficaram também marcados por uma mudança positiva a nível de comportamentos face a reciclagem de embalagens, um importante passo para um cumprimento de metas que, em 2022, vão aumentar exponencialmente”, afirma o presidente da Novo Verde, Ricardo Neto, citado na mesma nota. E, neste sentido, “todos os esforços de sensibilização serão poucos”, aponta o responsável da sociedade gestora de resíduos, responsável pela recolha, valorização e/ou reciclagem de embalagens e resíduos de embalagens, ao abrigo da licença concedida há cinco anos para exercer essa atividade.