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A Rede Europeia de Ação Climática e a associação Zero apelam a uma transição mais rápida, para uma energia 100% renovável até 2040. O apelo surge em antecipação da COP26. A Climate Action Network Europe defende que a Europa tem de apostar como nunca na energia eólica e solar para evitar o agravamento da degradação climática e exige uma transição energética mais rápida, justa e sustentável para uma energia 100% renovável até 2040. O apelo surge em antecipação à Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), que arranca hoje em Glasgow, e reforça ser essencial que toda a eletricidade seja proveniente de fontes de energia renováveis até 2035. “A produção total de energia exclusivamente renovável até 2035 deveria estabelecer-se como meta vital . A Europa tem um potencial doméstico largamente inexplorado para as energias renováveis que constitui uma oportunidade imperdível”, afirmou Wendel Trio, Diretor da Climate Action Network Europe CAN Europe). Em comunicado, a CAN Europe e a associação ambientalista Zero recordam que os incêndios e inundações que se têm vindo a observar são resultado das alterações climáticas e ressalvam a advertência feita em agosto pela comunidade científica, que referiu que o tempo para enfrentar esta ameaça está a esgotar-se. Por outro lado, o relatório de referência do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) mostrou aos líderes mundiais que, apesar de o futuro aparentar ser terrífico, ainda há a oportunidade de travar a emergência climática se houver uma ação imediata que reduza drasticamente as emissões dentro desta década. A Rede Europeia de Ação Climática pede, por isso, aos governos europeus que permitam uma transição rápida e justa dos combustíveis fósseis para energias 100% renováveis, que abranja todos os setores, tais como edifícios, indústria e transportes até 2040. Os membros da CAN Europe e aliados dos países da Europa Central e Oriental também redigiram uma carta aberta aos seus governos com recomendações específicas, entre as quais a sugestão de que a eletricidade renovável, principalmente a solar e eólica, deverá ser a “espinha dorsal” do sistema energético europeu. “É preciso envolver as comunidades, apoiar e priorizar projetos com menor impacto ambiental, de preferência no topo dos edifícios ou em áreas onde não afetem significativamente a biodiversidade ou a paisagem. Felizmente, Portugal tem uma grande variedade de fontes de energia renováveis e podemos assegurar um aumento da quota até 100% sob um quadro sustentável” , concluiu Francisco Ferreira, Presidente da ZERO.