Ambiente Magazine
Comparando as épocas balneares de 2021 e 2020, em ambos os casos até 15 de agosto, as praias afetadas por desaconselhamento ou proibição aumentaram de 25 para 45, isto é, um aumento de cerca de 3% relativamente ao total de zonas balneares (de 4,0% para 7,0%), segundo uma avaliação feita pela ZERO (Associação Sistema Terrestre). De acordo com a avaliação, partilhada num comunicado, verificou-se um aumento de 15 para 20 das águas balneares interditadas pelos Delegados Regionais de Saúde, representando 3,1% do total das zonas balneares, sempre devido a problemas de qualidade da água.
A avaliação da ZERO, feita com base em resultados oficiais do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, indica que há atualmente 643 águas balneares e um número muito limitado de praias a revelarem problemas, ainda que mais do que no ano passado. E o desaconselhamento ou proibição de banhos, mesmo que durante um curto período de tempo, afetou 45 praias, mais 20 que em igual período do ano passado. “Nestas zonas balneares as análises ultrapassaram os limites fixados tecnicamente a nível nacional relativamente a pelo menos um dos dois parâmetros microbiológicos que são avaliados (Escherichia coli e Enterococus intestinais)”, lê-se no mesmo comunicado
Destas 20 zonas balneares até agora interditas, oito interiores e doze costeiras, a ZERO identificou que uma das zonas balneares interiores apresentou um problema de contaminação microbiológica associada a valores excessivos de Escherichia coli e Enterococus intestinais e sete foram interditadas devido à presença de Salmonella. No caso das 12 praias costeiras interditadas, duas foram por motivos de obras de requalificação com impacte na qualidade da água, uma devido a um rebentamento de uma conduta de esgotos e todas as outras por ultrapassagem dos valores limites de pelo menos um dos dois parâmetros microbiológicos que são avaliados (Escherichia coli e Enterococus intestinais, segundo a análise.
Para a associação ambientalista continuam a existir “falhas na informação” no sítio internet da Agência Portuguesa do Ambiente dado que “não se esclarece devidamente os motivos de interdição das zonas balneares e nos procedimentos por parte dos Delegados Regionais de Saúde, existindo situações de contaminação semelhantes onde nuns casos a praia foi interditada até realização de novas análises e noutros não”. Por isso, alerta a associação, é sempre importante investigar e acima de tudo prevenir contaminação
Entre as 53 praias classificadas pela associação como praia ZERO (zonas balneares onde não foi detetada qualquer contaminação nas análises efetuadas ao longo das três últimas épocas balneares), listagem esta publicada no início de junho deste ano, foi abrangida por interdição ou pelo desaconselhamento ou proibição a banhos, exceto a praia da Baleia ou Sul no concelho de Mafra.