Ambiente Magazine
A Interecycling, empresa portuguesa especializada na reciclagem de resíduos eletro-eletrônicos (REEE), conta com a TOMRA Recycling para sua nova linha de separação de metais e plásticos. A integração de um Finder e de um Finder-NIR conseguiu “aumentar a eficiência” de fábrica, implementando uma separação correta de metais e plásticos para posterior recuperação, refere um comunicado divulgado pela TOMRA.
O setor de reciclagem tem registado um grande crescimento nos últimos anos, principalmente devido ao aumento da procura por material reciclável como matéria-prima, bem como às exigências ao nível de legislação que internacionalmente estão a promover processos que permitem alcançar uma economia circular. Desta forma, aumenta a necessidade crescente de reciclar e recuperar os diferentes componentes., atenta a empresa.
“Há um interesse crescente no setor em ter tecnologias de seleção baseadas em sensores que ajudem a maximizar os benefícios e a atender às exigências atuais e futuras. A tendência é clara e as regulamentações tornar-se-ão cada vez mais exigentes. Portanto, estamos confiantes de que a tecnologia da TOMRA ajudará a cumprir a legislação e as novas regulamentações, tanto a nível local quanto europeu”, afirma Eduardo Morán, gerente de vendas de Área Ibérica da TOMRA.
“A TOMRA, desde sua fundação nos anos 70, é conhecida pela forte capacidade tecnológica, que se traduz numa ampla gama de máquinas e soluções industriais de alta confiabilidade e precisão, sujeitas a um processo contínuo de melhoria e inovação. É por isso que escolhemos o equipamento TOMRA Recycling”, disse Bruno Silva, representante de vendas do Grupo MARCOVIL. De acordo com o responsável, “tanto o Finder 2400 como o Finder 1800 com NIR conseguem recuperações impressionantes tanto por sua capacidade de produção quanto por seu alto percentual de material recuperável, o que é praticamente impossível de se obter utilizando outras soluções no mercado. Desta forma, podemos obter metais e plásticos de qualidade excepcional. Além disso, o equipamento tem uma vantagem adicional: evita ter que enviar grandes quantidades de material para aterro”.
No mesmo comunicado, a TOMRA explica que o processo começa com o Finder 2400, que separa os metais mum concentrado metálico e numa fração de plástico sem metal. Esta fração metálica é processada posteriormente pelo Finder 1800 com NIR, que separa as placas de circuito impresso (placas eletrónicas) e, numa segunda etapa da máquina, é capaz de gerar também uma fração de fios elétricos, explica a empresa. Devido à combinação de diferentes sensores, o dispositivo identifica plásticos visíveis por tipo de polímero, bem como diferentes tipos de frações metálicas (como placas, fios ou aço inoxidável), aperfeiçoando assim o processo, refere.
O Finder 2400 atinge frações de alta pureza independentemente da complexidade do material ou
do tamanho da partícula. Graças a suas tecnologias patenteadas por IOR (Intelligent Object Recognition)
e SUPPIXX, juntamente com o sensor eletromagnético (EM3) de última geração, deteta objetos metálicos com a máxima precisão, separando a fração metálica da fração plástica num processo que é eficaz em termos de rendimento e eficiência. Neste caso, o equipamento tem como objetivo “obter um concentrado metálico”, explica, Eduardo Morán, dando nota que, se necessário, a máquina também pode gerar uma monofração de aço inoxidável de alta qualidade, pois é capaz de identificar a alta intensidade de sinal eletromagnético deste material”.
O Finder 1800 com o NIR é um Finder (com sensor eletromagnético EM3 junto com IOR e
SUPPIXX), ao qual também é adicionado um sensor NIR (Near Infrared) para a identificação de
polímeros visíveis. O sensor NIR permite assim separar, por tipo de polímero, os plásticos visíveis que
compõem os REEE, assim como os PCBs e cabos que são materiais compostos de metal+polímero e
que requerem ambos os sensores (NIR-EM3) para uma correta identificação, lê-se no comunicado.