Visão
O Governo português e o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinaram hoje um memorando para cooperação institucional, para apoio financeiro a projetos privados no setor do hidrogénio, anunciou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática
Através deste acordo de cooperação não vinculativo, assinado à margem da conferência de alto nível ‘Hydrogen in Society – Bridging the Gaps’ [O Hidrogénio nas Nossas Sociedades — Estabelecer pontes], o BEI apoiará os objetivos ambientais de Portugal estabelecidos no Plano Nacional Energia e Clima 2030 e no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050”, informou o Governo, em comunicado.
O documento hoje assinado estabelece a disponibilidade do BEI para prestar apoio financeiro a projetos privados elegíveis, bem como assistência técnica e consultoria a projetos de investimento neste setor, aproveitando “o conhecimento do BEI sobre estruturas de cofinanciamento” para permitir e estimular investimentos de outras fontes.
Segundo o Ministério do Ambiente, este memorando de entendimento está também alinhado com a Estratégia Europeia para o Hidrogénio, lançada pela Comissão Europeia, que visa instalar 40 gigawatts (GW) de capacidade de hidrogénio verde até 2030.
“Portugal pretende produzir hidrogénio verde a preços competitivos e desempenhar um papel de relevo na emergente economia do hidrogénio. Este acordo que hoje assinámos é uma importante peça desta estratégia nacional e decisivo para reforçar os projetos neste setor”, destacou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
O vice-presidente do BEI, responsável pelas operações em Portugal, Ricardo Mourinho Félix, foi um dos participantes na conferência que hoje decorre ‘online’ a partir do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, e promovida no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (PPUE), para debater políticas e estratégias no sentido de promover um mercado global de hidrogénio.
“Somos a instituição mais paciente”, realçou Mourinho Félix. “O setor público é a chave em todos esses projetos [no setor do hidrogénio] de longo prazo que envolvem risco. […] Precisamos do setor público para garantir essa paciência”, acrescentou.