Água & Ambiente
O ministro do Ambiente e Ação Climática defende que a União Europeia (UE) deve liderar o processo de transição ecológica e apela aos Estados-membros que aprovem “depressa” a Lei do Clima.
João Pedro Matos Fernandes, que intervinha na sessão de encerramento da conferência “Alterações Climáticas – Novos Modelos Económicos”, que teve lugar na sexta-feira, dia 26 de fevereiro, sublinhou que “a Europa, apesar das suas fragilidades, tem uma enorme capacidade para liderar pelo exemplo e pela inovação”.
Por isso, a UE “tem de ser a líder de um processo em que se cumpram metas ambientais ao mesmo tempo que se reforçam os processos criação de riqueza e bem-estar e fomento de oportunidades de negócio”, defendeu Matos Fernandes.
Os 27 Estados-membros da UE assumiram o compromisso de reduzir as emissões de efeitos de estufa em “pelo menos 55% até 2030”, meta que, de acordo com João Pedro Matos Fernandes, permitirá que o continente europeu consiga a neutralidade em 2050.
Nesse sentido, o político instou os 27 Estados-membros do bloco comunitário a “aprovar depressa” a Lei do Clima, dado que um dos objetivos da presidência portuguesa do Conselho da UE, que decorre durante este primeiro semestre do ano, é precisamente alcançar esse acordo.
Svenja Schulze, ministra do Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha, país que assumiu a presidência do Conselho da UE no semestre passado, admitiu que os Estados-membros possam mesmo assinar esta lei ainda durante a presidência portuguesa.
“Portugal colocou as políticas do ambiente no topo da agenda do Conselho. Ao mesmo tempo, assumiu grandes passos na agenda social”, afirmou a ministra alemã, considerando que a fusão destas duas dimensões é “muito positiva”, e, por isso, congratulou a iniciativa portuguesa.