Ambiente Online
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, reforçou a necessidade de existir um acordo global sobre os plásticos e apelou para que todos se unam aos esforços da União Europeia na transição para uma economia neutra em termos climáticos.
O repto foi lançado na abertura da 5.ª Sessão da Assembleia do Ambiente das Nações Unidas (UNEA 5), onde o líder da pasta do ambiente lembrou que se avizinham cimeiras ambientais cruciais, que constituem “uma enorme oportunidade para mudar as coisas para melhor no nosso planeta”: “Precisamos de um acordo global sobre os plásticos para fazer face ao problema cada vez mais premente da poluição por plásticos. Esperamos poder unir forças e lançar estas importantes negociações na sessão da UNEA 5 retomada no próximo ano”, apontou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, em nome da União Europeia, numa declaração com a qual se alinharam, ainda, Bósnia-Herzegovina, Montenegro, Sérvia e Ucrânia.
O ministro destacou também a “mudança fundamental do modelo económico” iniciada pela União Europeia que “aborda o desperdício de recursos e coloca a natureza no centro”, ao mesmo tempo que reforça a “resiliência” da UE.
Quanto ao Acordo Verde Europeu, Matos Fernandes considerou que a “a sua rápida implementação”, juntamente com as estratégias recentemente adotadas pela UE “em matéria de economia circular, neutralidade climática, biodiversidade, sistemas alimentares e produtos químicos” são um testemunho da “determinação e empenho” da União.
“Mas precisamos que todos se juntem aos esforços numa transição global para uma economia neutra em termos climáticos, eficiente em termos de recursos circulares, a este ponto de continuar a empenhar-se também numa cooperação internacional reforçada e reforçar a governação ambiental global”, apelou o ministro português.
Além disso, o ministro que detém também a pasta do ambiente da UE, por via da presidência portuguesa, até junho deste ano, elogiou a Estratégia de Médio Prazo 2022-2025 do Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) e o Programa de Trabalho e Orçamento 2022-2023, garantindo que os países da união estão prontos para apoiar a sua aplicação. “O seu desenho apoia o processo de reforma do Secretário-Geral da ONU para um maior empenho na Agenda 2030 e seus ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável]. Dá orientações claras para enfrentar a crise ambiental, com foco na necessidade de abordar os principais motores, em primeiro lugar, através de uma transição muito necessária para um modelo de consumo e desenvolvimento de produção mais sustentável. Estamos prontos para apoiar a sua implementação”, declarou.
A UNEA 5, que visa a aplicação da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas UN 2030 decorre em duas partes, por decisão da direção, em outubro do ano passado, devido à pandemia mundial.