O aquecimento global e o respetivo impacto nos níveis de produtividade em diversos setores da atividade económica, como a agricultura ou a indústria, poderá levar à perda de 80 milhões de empregos até 2030, alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT, agência da ONU especializada em questões relacionadas com o trabalho). Num relatório divulgado na passada segunda-feira, a organização antevê que, daqui a 11 anos, 2,2% do total de horas de trabalho no mundo inteiro possam ser dadas como perdidas por causa das altas temperaturas sentidas e do consequente aumento do “stresse térmico”. O impacto do “stresse térmico” será maior no Sudeste Asiático e na África Ocidental, onde cerca de 5% das horas de trabalho poderão ser encaradas então como pouco produtivas, acrescentou o mesmo relatório intitulado Trabalhar num planeta mais quente: o impacto do stress térmico na produtividade do trabalho e do trabalho decente. Em termos totais, e à escala mundial, as perdas económicas poderão chegar até aos 2,1 biliões de euros.