Diário Online A Águas Públicas do Alentejo (AgdA), responsável pela recolha e tratamento de águas residuais em 21 municípios da região, anunciou hoje que vai investir quase cinco milhões de euros na construção da nova ETAR de Beja. O concurso público para a conceção e construção desta nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) foi lançado a 30 de dezembro e divulgado hoje pela empresa. A infraestrutura, cujo preço base no concurso é de 4,9 milhões de euros, vai estar dimensionada para servir toda a cidade de Beja, com uma capacidade para tratar diariamente cinco mil metros cúbicos de águas residuais urbanas. Segundo a AgdA, a obra vai permitir desativas duas ETAR que, pela sua tecnologia e dimensionamento, são incapazes de tratar adequadamente esses efluentes. A nova ETAR de Beja, cuja empreitada tem um prazo de execução de 365 dias, realçou a empresa, vai utilizar as melhores tecnologias disponíveis no tratamento de esgotos urbanos. Vai igualmente permitir o cumprimento da Diretiva de Águas Residuais Urbanas, no que aos esgotos da cidade de Beja diz respeito, continuou. Além disso, acrescentou, o equipamento vai contribuir para a resolução do contencioso comunitário existente e para a melhoria da qualidade do ecossistema fluvial da bacia hidrográfica da Albufeira do Roxo. Em novembro passado, a Águas Públicas do Alentejo anunciou que, até 2020, vai investir 34,8 milhões de euros em vários dos municípios que abrange. Na altura, em declarações à agência Lusa, fonte da empresa destacou, no âmbito deste investimento, com apoios comunitários, os projetos das novas ETAR de Beja e de Montemor-o-Novo. A AgdA, que iniciou a sua atividade em julho de 2010, integra 14 municípios do distrito de Beja, quatro do distrito de Évora e três do distrito de Setúbal. A empresa faz a recolha e tratamento de águas residuais urbanas nestes 21 concelhos através de 96 ETAR, 25 estações elevatórias e 116 quilómetros de coletores. Nos cinco anos de atividade, adiantou a empresa, foram investidos cerca 30 milhões de euros, com financiamento do Programa Operacional Temático Valorização do Território (POVT), dando particular ênfase à área do saneamento de águas residuais. A AgdA resulta de uma parceria pública, que tem como acionistas o Estado, através da Águas de Portugal, que detém 51%, e os municípios, aos quais cabem os restantes 49%.