Ambiente Online Consórcio vai pagar 149 milhões que servirão para amortizar a dívida das empresas do grupo AdP O grupo Águas de Portugal (AdP) e o agrupamento Suma assinaram ontem o contrato para a privatização da Empresa Geral da Fomento (EGF) na sequência do concurso público internacional lançado para alienação de 95 por cento do capital social do braço de resíduos do grupo AdP. Os remanescentes cinco por cento ficaram reservados para a aquisição pelos trabalhadores. O contrato prevê que o consórcio liderado pela Mota Engil, através da sua participada Suma, pague 149 milhões de euros às Águas de Portugal “contra a obrigação de comprar as acções que os trabalhadores não executarem. As receitas líquidas obtidas com esta alienação serão posteriormente utilizadas para amortizar dívida das empresas do grupo Águas de Portugal”, informa o Ministério do Ambiente.Ao agrupamento Suma cabe agora notificar a Autoridade da Concorrência da compra das acções da EGF. “A EGF foi alienada em bloco – e não sistema-a-sistema – para assegurar o tratamento uniforme e equitativo de todos os municípios, numa lógica de coesão social e territorial”, sublinha o Ministério do Ambiente. Concluído este processo, “ao Estado passa a caber o papel de legislador, concedente, regulador e fiscalizador ambiental, assegurando o cumprimento do serviço público definido no contrato assinado”. A EGF assegura a recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos através de 11 empresas concessionárias, de que detém a maioria do capital social. Em 2013 foram processadas 3,1 milhões de toneladas de resíduos de cerca de 6,3 milhões de habitantes, numa área correspondente a 174 dos 278 municípios do país. A este período corresponde um volume de negócios de cerca de 173 milhões de euros