O Jornal Económico Com “O Caminho da Inovação” como mote, a Tejo Atlântico transformou um “open day” num debate alargado a profissionais do setor e comunidade científica. No âmbito do evento Expo & Networking “O Caminho da Inovação”, a Aguas do Tejo Atlântico, Grupo Aguas de Portugal, anunciou o conjunto de metas a atingir nos próximos 10 anos, em matéria de inovação.Recorde-se que a Aguas do Tejo Atlântico é a entidade gestora responsável pelo tratamento das águas residuais de 23 municípios da Grande Lisboa e Oeste, abrangendo cerca de 2,4 milhões de habitantes. Em atividade há pouco mais de seis meses, é atualmente a maior empresa de saneamento do país, sendo também pioneira na incorporação dos desafios da economia circular na gestão do ciclo urbano da água, fazendo evoluir o tratamento das águas residuais para um novo paradigma onde a valorização máxima dos recursos é a prioridade.Com a Fábrica de Agua de Alcântara, em Lisboa, como palco, este evento, do qual o Jornal Económico foi Media Partner, centrou-se no debate das principais linhas de desenvolvimento do setor da água, em Portugal, aprofundando o papel que a Aguas do Tejo Atlântico desempenhará neste percurso.Segundo avançou António Frazão, presidente do Conselho de Administração da Águas do Tejo Atlântico, as prioridades traçadas passam por destinar 1,5% para Inovação no orçamento Tejo Atlântico ; criação do “Centro de Inovação”; atingir 30% água reciclada; ter 45 Fábricas de Água com consumo neutro de energia elétrica; lançar cinco novos produtos Tejo Atlântico comercializados; chegar às cinco Fábricas de Água com recuperação de Azoto e Fósforo; conseguir que os biosólidos passem de custo a proveito; apostar na automatização do report bem como na redução do papel e burocracia; atingir uma redução drástica de ações de manutenção corretiva; manutenção preventiva e preditiva; estabelecer parcerias com municípios para redes em baixa e pluviais e conseguir atrair conhecimento da comunidade científica e empresarial.Como nota transversal ao presente e futuro da empresa, António Frazão sublinhou a importância e o papel dos recursos humanos. A pensar nos colaboradores, a administração assegura que continuará a trabalhar por melhores e mais equilibradas condições de trabalho, procurando também proporcionar mais e melhor formação ou requalificação, de forma a garantir que todos acompanharão o ritmo de desenvolvimento que se impõe neste “momento crucial” da existência da empresa.Sublinhando “o necessário, e tão presente neste evento, espírito de abertura” que caracteriza todo o Grupo em matéria de inovação, João Nuno Mendes, presidente do Conselho de Administração da AdP – Águas de Portugal, reafirmando as metas já anunciadas, deu ainda nota do investimento que está em curso. Assim, em matéria de inovação e modernização de infraestruturas, a AdP estima investir, no total, 800 milhões de euros, sendo que 330 milhões se destinam particularmente às insfraestruturas. Parte do montante total é financiado pelo Banco Europeu de Investimento que aprovou, em setembro último, a concessão de um empréstimo no valor de 420 milhões de euros, visando financiar investimentos em infraestruturas de água e saneamento. Nesta altura foi então assinado o contrato relativo à primeira tranche, na ordem dos 220 milhões de euros. # CARLOS MARTINSSecretário de Estado do Ambiente”Ligar as empresas entre si mas também ao mundo académico, apostando em projetos que ligam zonas opostas da cidade de Lisboa, assente numa gestão partilhada de conhecimento tecnológico, deverá ser o foco para o futuro”.