Sobre a ação para travar o contrato de exploração em Montalegre (que o leva ao Parlamento na quarta-feira), disse apenas todos têm “o direito de interpor uma ação e o Estado o direito de se defender”.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática não quer que Portugal seja apenas um território de extração de lítio , mas sim que sejam desenvolvidas formas de reutilizar e regenerar o máximo de minério possível. O objetivo é, segundo João Pedro Matos Fernandes, limitar a extração ao mínimo. “Estamos longe ainda de ter processos industriais estáveis, mas há muita inovação a fazer para garantir que a extração que vamos fazer hoje de lítio seja na menor quantidade possível porque quanto mais conseguirmos garantir a reutilização e a regeneração desse lítio uma vez saído da terra é o que queremos fazer relativamente a qualquer recurso saído da terra”, afirmou Matos Fernandes, em declarações aos jornalistas, à margem do Fórum Investimento Socialmente Responsável. Questionado sobre as preocupações ambientais da exploração de lítio, o ministro coloco o foco na “reutilização e regeneração”, que diz ser “fundamental” e que “Portugal também quererá desenvolver”. O governante responsável pela pasta do Ambiente defendeu que Portugal não tem um processo de fomento de mineiro de lítio. “O que queremos é verdadeiramente ter um processo completo em que utilizando um recurso que existe em Portugal recurso esse que é absolutamente imprescindível para a descarbonização , podermos acrescentar valor, indo tão longe quanto possível na sua refinação, isto é, na atividade metalúrgica e no limite até na construção das próprias baterias “, disse. Matos Fernandes estará esta quarta-feira no Parlamento, juntamente com o secretário de Estado João Galamba, para uma audição sobre a exploração de lítio. Em causa está um contrato de concessão no concelho de Montalegre , assinado entre o Governo e a Lusorecursos Portugal Lithium, uma empresa constituída apenas três dias antes da assinatura do contrato. A Associação Montalegre com Vida interpôs, esta segunda-feira, uma ação administrativa com vista à anulação deste contrato . Sobre este assunto, o ministro referiu apenas: ” Estamos num Estado de direito e portanto qualquer entidade tem o direito de interpor uma ação junto do tribunal e qualquer entidade, ou o Estado, tem o direito de se defender dela “.