A vigilância aos crimes ambientais em Loures está a ser feita via aérea com o recurso a drones.
André Cabrita-MendesOs crimes ambientais em Loures estão a ser combatidos por via aérea, com o recurso a drones de vigilância. Uma operação que durou vários dias permitiu identificar mais de 40 infrações ambientais, com as autoridades a identificarem várias pessoas e a apreenderem várias viaturas.A necessidade de recorrer a drones aconteceu depois de, no espaço de três anos, a câmara municipal de Loures retirou cerca de 13 mil toneladas de resíduos ilegais da via pública, com os custos a atingirem quase 300 mil euros, noticiou a SIC esta quinta-feira, 4 de abril.”Uma coisa que é impressionante é o à-vontade, e a forma organizada, com que alguns fazem este tipo de depósitos diariamente”, disse o autarca de Loures Bernardino Soares (PCP) à SIC.”Os donos de obra pagam as taxas para a deposição destes resíduos em aterro. Mas há redes organizadas que recebem o dinheiro e vão depositá-lo na via pública. Todos os que depositam ilegalmente os resíduos vão ter tolerância zero. Contamos com a população para denunciar essas situações”, através da identificação de matrículas e das empresas, afirmou o autarca.As multas para estes crimes ambientais vão dos 20 mil aos 200 mil euros para particulares e podem mesmo chegar aos 300 mil euros para empresas infratoras.O autarca também deixou um apelo à Autoridade Tributária para que realizar execuções fiscais para que os infratores cumpram a lei.