João Matos Fernandes pretende fazer a proposta até final deste primeiro semestre para que o país tenha dois anos de adaptação e para que a meta de eliminar palhinhas e garrafas de plástico se conclua.
O ministro do Ambiente disse esta sexta-feira, na Maia, que “o mais tardar em 2021 Portugal estará livre de palhinhas e garrafas de plástico” referindo-se a um desafio que pretende lançar ao país ainda durante o primeiro semestre deste ano. João Pedro Matos Fernandes, que falava perante alunos de vários graus de ensino do Colégio Novo da Maia, distrito do Porto, começou por avançar que o projeto “tara retornável” vai ser alargado este ano, para depois avançar que quer Portugal “livre” de descartáveis no espaço de três anos. Queremos que no final de 2021, início de 2022, estejam proibidos em Portugal um conjunto de utensílios de plástico descartáveis como as palhinhas, os misturadores, o talher e os pratos de plástico”, disse o governante Questionado sobre qual o planeamento e regras para a implementação desta medida, o ministro do Ambiente e da Transição Energética apontou que conta fazer “a proposta até ao final deste primeiro semestre” para que depois “o país tenha dois anos de adaptação para que isso se conclua”. Quanto à tara retornável, medida que se traduz no depósito em máquinas de embalagem como garrafas de plástico ou latas de alumínio que podem ser trocadas por vales de desconto, Matos Fernandes apontou que este ano vão ser instalados 50 equipamentos em todo o país. É um absurdo que se esteja a fabricar com um material indestrutível um bem que se usa uma só vez. Tudo o que é descartável tem mesmo de abandonar a nossa economia e sociedade no menor número de anos possível”, disse o ministro Antes, perante dezenas de alunos que tiveram a oportunidade de lhe fazer perguntas e ficaram a saber que o sonho do ministro era ser professor de filosofia, Matos Fernandes disse que quer levar a todos os portugueses as preocupações ambientais e elegeu a construção de saneamento básico como o projeto que mais evoluiu nos últimos 25 anos. “Há 25 anos só 50% da água era boa para beber e agora 98,9% é potável. Portugal tinha 65 praias com bandeira azul e agora tem 325. Somos líderes no mundo no fazer e no gerir a rede de saneamento básico”, disse o governante que já sobre energias renováveis disse que o país “pode progredir bastante em todas as áreas, sobretudo na solar”. “É preciso combater a ideia de que o sustentável é caro” foi outra das ideias mais frisadas por João Pedro MatosFernandes. O ministro do Ambiente visitou o Colégio Novo da Maia para conhecer o A+ Sustentabilidade A construção de um mundo melhor, um projeto que mobiliza 900 alunos do 1.º ao 12.º anos em torno das questões ambientais.Matos Fernandes assistiu a várias apresentações, recebeu um saco de papel das mãos dos alunos do 8.º ano que procuraram incentivar a comunidade escolar a trocar o plástico pelo papel, provou patêde cavala graças às preocupações dos alunos de 12.º que lembraram que a sardinha é uma espécie ameaçada, entre outros momentos. “Este é um daqueles projetos educativos felizes, complexo, mas ao mesmo tempo descomplicado. A disciplina de que não nos podemos mesmo esquecer fora da escola é a sustentabilidade”, disse o ministro do Ambiente ao comentar o projeto. O presidente da câmara da Maia, António Silva Tiago, elogiou “os grandes projetos que educam para o futuro”, enquanto o diretor do colégio, David Pinto, falou da “urgência de formar cidadãos críticos e com espírito empreendedor”. Agora que entramos em 2019… …é bom ter presente o importante que este ano pode ser. E quando vivemos tempos novos e confusos sentimos mais a importância de uma informação que marca a diferença uma diferença que o Observador tem vindo a fazer há quase cinco anos. Maio de 2014 foi ainda ontem, mas já parece imenso tempo, como todos os dias nos fazem sentir todos os que já são parte da nossa imensa comunidade de leitores. Não fazemos jornalismo para sermos apenas mais um órgão de informação. Não valeria a pena. Fazemos para informar com sentido crítico, relatar mas também explicar, ser útil mas também ser incómodo, ser os primeiros a noticiar mas sobretudo ser os mais exigentes a escrutinar todos os poderes, sem excepção e sem medo. Este jornalismo só é sustentável se contarmos com o apoio dos nossos leitores, pois tem um preço, que é também o preço da liberdade a sua liberdade de se informar de forma plural e de poder pensar pela sua cabeça. Se gosta do Observador, esteja com o Observador. Assine já Continuar a ler