Diário de Notícias – Dinheiro Vivo Lisbon Mobi Summit foi palco para a apresentação | de projetos inovadores na área da mobilidade, de empresas como EDP, Brisa e Efacec. “Portugal está na linha da frente no combate às alterações climáticas.” A afirmação do ministro do Ambiente, José Matos Fernandes, durante a Lisbon Mobi Summit, mostra o esforço que o país está a fazer para travar os efeitos do aquecimento global. Estado e privados estão a mobilizar-se para cumprir este objetivo e a cimeira organizada pelo Global Media Group, do qual faz parte o Dinheiro Vivo, foi o palco escolhido para mostrar algumas dessas medidas: o Estado conta com 720 milhões de euros para eletrificar os transportes públicos, os automóveis particulares e as frotas; os privados, como a EDP e a Efacec, mostraram projetos para incentivar o uso de soluções livres de emissões.Os transportes, “responsáveis por mais de um quarto das emissões”, são a principal área de ataque nas políticas do governo. “A mobilidade e a redução de emissões é um casamento para o qual não pode haver divórcio”, referiu João Matos Fernandes.O governo, por isso, tem um plano de investimento de 720 milhões de euros para os próximos cinco anos que inclui, por exemplo, a compra de 516 autocarros com muito baixas emissões; o financiamento, em 110 milhões de euros, para o metro de Lisboa adquirir 14 novas unidades triplas elétricas; o apoio, em mais de 55 milhões de euros, para a CP encomendar 22 novos comboios regionais; a ajuda para a renovação do parque automóvel dos taxistas; e ainda os incentivos, de 2,25 milhões de euros por ano, para particulares e empresas comprarem automóveis elétricos.Matos Fernandes recordou que Portugal foi um dos primeiros países a ratificar o Acordo de Paris. Em2016, foi traçada uma das metas mais ambiciosas de sempre para travar os efeitos do aquecimento global: neutralizar, a partir de 2050, as emissões de dióxido de carbono (CO2) emitidas para a atmosfera. “Uma verdadeira transformação socioeconómica”, nas palavras do ministro, porque as emissões de Portugal têm de baixar das 67,8 megato- neladas de CO2 para cerca de 10 mega toneladas de CO2, que terão de ser absorvidas pela floresta.Privados aceleram apostaCumprir as metas de Paris implica também o investimento dos privados. A EDP e a Efacec juntaram- -se para criar um produto que dá mais condições para os particulares carregarem o automóvel: a partir de outubro, a EDP Wallbox vai contar com um modelo de subscrição e integrar a aplicação Edp re.dy, que permite aos clientes controlar e gerir os consumos de eletricidade.As duas empresas também vão mostrar, até março de 2019, uma solução para condomínios e parques de estacionamento partilhados, que irá diferenciar os consumos relativos aos carregamentos elétricos dos restantes consumos do condomínio, facilitando o pagamento por parte de cada utilizador. Em parceria, a EDP e a Efacec vão ainda apresentar nos próximos meses mais soluções para promover a mobilidade elétrica, na área dos carregamentos e com outros produtos tecnológicos para particulares e empresas.A aposta elétrica de Portugal também já pode ser vista um pouco por todo o mundo graças à Efacec: a empresa liderada por Ângelo Ramalho patrocina desde julho a equipa chinesa Techeetah, que conquistou na última época o campeonato Fórmula E, organizado pela FIA – Federação Internacional do Automóvel. O acordo para a competição que junta os canos elétricos mais rápidos do mundo vai estender-se por três épocas e foi anunciado durante a Lisbon Mobi Summit. Aliança Brisa junta- -se aos transportes neutros de carbono A Brisa é a mais recente empresa portuguesa a juntar-se à Aliança para a Descarbonização dos Transportes (TDA, na sigla original). A concessionária liderada por Vasco de Mello juntou -se a este fórum internacional do setor da mobilidade que quer produzir soluções integradas e neutras de carbono. “O futuro das sociedades depende de conseguirmos encontrar coleti- vamente respostas a desafios que se põem no mundo ao tema da energia. A Brisa, como outras empresas, quer estar do lado das