Água&Ambiente na Hora A deposição de resíduos em aterro aumentou de 2016 para 2017 e a taxa de reciclagem estagnou, segundo dados do Relatório do Estado do Ambiente (REA) relativo a 2017 apresentado hoje, para assinalar o Dia Mundial do Ambiente. Em Portugal mais de metade dos resíduos urbanos tem como destino final o aterro, mas só a deposição direta passou de 29 por cento, em 2016, para 32 por cento, em 2017. Os restantes 20 por cento são resíduos urbanos que acabam por ter o mesmo fim – o aterro – depois de passarem pelo Tratamento Mecânico e Tratamento Mecânico Biológico de onde são recuperados alguns recicláveis. Mesmo as cinzas da valorização energética também têm como destino final o aterro. Os dados do Relatório do Estado do Ambiente não apresentam estes números desagregados. O relatório limita-se a indicar que 28 por cento dos resíduos passam pelas linhas de Tratamento Mecânico Biológico e mais seis por cento pelo Tratamento Mecânico, que não são destinos finais, sem esclarecer qual o fim desses resíduos – se o aterro, a valorização energética, valorização material ou valorização orgânica. A taxa de preparação para reutilização e reciclagem estagnou nos 38 por cento. Esta taxa é calculada tendo em conta os resíduos potencialmente recicláveis. Com o novo método de cálculo previsto na diretiva de resíduos, já aprovada, atingir as ambiciosas metas europeias será ainda mais difícil. É que para as novas contas passarão a ser considerados apenas os reciclados sobre o total de resíduos urbanos. Estes indicadores, como é sublinhado genericamente no próprio REA, apontam para uma evolução contrária à estratégia comunitária e nacional para os resíduos urbanos, que caminha no sentido da prevenção e reciclagem em detrimento da deposição em aterro e incineração. As novas regras já aprovadas para os resíduos, no âmbito do pacote da Economia Circular, estipulam uma taxa de reciclagem de 55 por cento até 2025. Em 2030 a meta é de 60 por cento e em 2035 de 65 por cento. Até 2035 os resíduos urbanos depositados em aterros não poderão ultrapassar os 10 por cento. As metas associadas à estratégia europeia dos plásticos são ainda mais exigentes. Os Estados-Membros serão obrigados a recolher 90 por cento das garrafas de bebidas de plástico descartáveis até 2025 através de regimes de restituição de depósitos, por exemplo. Acompanhe outras notícias de atualidade, comentários e artigos de opinião no FaLang translation system by Faboba