Smart Cities A 10ª edição do Greenfest foi o palco escolhido para o primeiro Encontro Nacional de Limpeza Urbana. A discussão de estratégias inteligentes e a troca de experiências entre municípios, no campo da gestão de resíduos e da limpeza urbana, foram o prato forte do segundo dia do evento de sustentabilidade. Numa sessão que se prolongou por toda a manhã e que juntou representantes de empresas municipais de gestão de resíduos e associações da tecnologia ligada ao ambiente, foram apresentadas soluções tecnológicas, partilhadas experiências e discutidos problemas comunsas. Também o secretário de estado do ambiente, Carlos Martins, e o presidente da câmara municipal de Cascais, Carlos Carreiras, marcaram presença no encontro.Na manutenção do espaço público, a procura de alternativas eficientes ao uso do glifosato foi uma preocupação partilhada por alguns dos representantes de empresas municipais, nomeadamente no caso da cidade do Porto. Luís Assunção, presidente da Empresa Municipal de Ambiente do Porto, fez questão de notar que a não utilização do glifosato “tem sido um problema bastante difícil” de enfrentar, manifestando a esperança de que seja a indústria a resolver esta questão.A necessidade de obter mais dados no sector da limpeza urbana foi, também, manifestada por Luís Assunção, que revelou que a empresa portuense faz o registo detalhado de várias acções de limpeza, tais como o despejo de cada uma das 5800 papeleiras que a empresa municipal actualmente gere.A sessão desta manhã, organizada pela Cascais Ambiente, serviu ainda de palco à apresentação de soluções ligadas à sensorização em depósitos de resíduos, de modo a permitir monitorizar o estado de enchimento dos depósitos e, desse modo, aumentar a eficiência nos serviços de recolha, mas também de outras soluções tecnológicas, como aquela que foi apresentada pela Cascais Ambiente. Luís Capão, administrador da empresa de limpeza urbana de Cascais, revelou que o concelho está a utilizar identificadores para os serviços de varredura manual, que permitem saber, em tempo real, onde está a ser efectuada a limpeza das ruas, da mesma forma que possibilita, ao varredor, reportar anomalias, “não tendo de esperar pelo fim do dia para comunicar” qualquer ocorrência.Do lado dos munícipes e dos consumidores, há, igualmente, trabalho a fazer na promoção de comportamentos sustentáveis. Segundo Filomena Lobo, da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), falta “uma relação directa entre aquilo que o consumidor coloca no contentor e aquilo que paga”, mostrando-se favorável à aplicação de um sistema PAYT (Pay As You Throw), que incentive financeiramente a separação dos resíduos por parte dos munícipes.