I Problemas nas acessibilidades põem em causa viabilidade deste projeto na Chamusca. Os estudos ambientais estão feitos, mas aguardam financiamento Melhorar as acessibilidades ao Eco Parque do Relvão, um complexo industrial da Chamusca onde estão instaladas as duas únicas unidades de tratamento de resíduos industriais perigosos no país, é “fundamental para garantir a dinamização do projeto”. A garantia é dada ao i por Domingos Saraiva, diretor executivo da Associação Eco Parque do Relvão.De acordo com o responsável, a solução passaria pelo prolongamento do IC3 – trajeto que atravessaria os concelhos da Chamusca, Alpiarça e Almeirim, que faria a ligação à A13. Os estudos de impacto ambiental já estão feitos, mas estão à espera de financiamento. Este constrangimento está a provocar, no entender do responsável, verdadeiras dores de cabeça não só às empresas instaladas no Eco Parque como à própria população da região.”Estamos a assistir a um estrangulamento do tráfego, uma vez que circulam diariamente 250 camiões de grande porte por dia em estradas nacionais e em estradas municipais. Quem usa este eixo sul, entre Almeirim e Tramagal, sabe que é vulgar circular-se a 30 km/hora e isso tem consequências nos custos de exploração das empresas”, refere Domingos Saraiva.Mas os problemas não ficam por aqui. “Os níveis de ruído e de qualidade do ar, por exemplo, já ultrapassam todos os parâmetros permitidos. E muitas estradas municipais estão degradadas porque são usadas como alternativas às estradas nacionais”, salienta.Para responder à dificuldade de financiamento, o diretor executivo do parque sugere o recurso ao plano Juncker. Criado em 2014, este plano de investimento para a Europa prevê verbas na ordem dos 315 mil milhões de euros para financiar projetos e empresas públicas e privadas na União Europeia, até 2018. Um valor que poderá chegar aos 500 mil milhões de euros até ao ano de 2020. GRANDE EMPREGADOR Considerado um dos mais importantes clusters ambientais a nível nacional, o Eco Parque do Relvão conta atualmente com uma associação que tem como missão agregar os interesses comuns dos seus 20 associados. Contando com um total de cerca de 500 trabalhadores, este projeto é considerado um dos maiores empregadores do concelho.A Associação Eco Parque do Relvão – que esteve reunida em assembleia-geral no passado mês de julho – definiu a sua atividade em torno de seis eixos estratégicos de desenvolvimento: planeamento e gestão, financiamento, acessibilidades de infraestruturas, sinergias, comunicação e reconhecimento e inovação.Ao mesmo tempo foram criados três tipos de associados. Os residentes, que já estão instalados no Eco Parque, os associados ordinários, constituídos por entidades não residentes mas que estão interessadas em ter relações de atividade com residentes ou que estão a pre- parar-se para se instalar, e os associados honorários, que consistem em entidades com perfil, história e atividades que possam vir a ajudar a resolver toda a complexidade de questões existentes.