Água&Ambiente na Hora Portugal foi o país escolhido pelas Nações Unidas para receber o Centro Internacional de Excelência de Água e Saneamento, que o Água&Ambiente na Hora dá a conhecer em primeira mão. O memorando de entendimento entre a Comissão Económica para a Europa das Nações Unidas (UNECE), promotora do projeto, e o Ministério do Ambiente, que se assume como parceiro, vai ser assinado esta tarde no LNEC?(Laboratório Nacional de Engenharia Civil), em Lisboa, onde ficará sediado o centro de excelência.?”É um projeto que procurará divulgar as melhores práticas no setor da água e saneamento de forma a que possa ajudar a alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável, nomeadamente o número 6, que diz respeito à água potável e ao saneamento para todos”, adianta ao Água&Ambiente na Hora o Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins.?As Nações Unidas entendem que muitos países vão necessitar de criar parcerias público-privadas para ultrapassar fragilidades nestas áreas e por isso o centro de excelência apoiará esta componente. “O que nós vamos ter é um papel relevante para que essas parcerias sejam feitas no cumprimento de um conjunto de regras e de equilíbrios que levem a boas práticas e boas soluções. O que nem sempre aconteceu no passado”, salienta. Este organismo permitirá a Portugal “organizar congressos internacionais, formações especializadas em setores como a regulação, contratação, gestão ou relação com clientes, construir uma rede com projetistas e consultores, nacionais e internacionais, instituições de ensino superior, para investigação e desenvolvimento no setor da água, e consultadoria a países que necessitem desse apoio”, exemplifica. “Tendo em conta que ainda há largos milhões de habitantes no mundo que não dispõem deste serviço pode ser uma oportunidade para as nossas competências técnicas setoriais se articularem com outros países neste centro de excelência. As competências conseguidas ao longo de anos no setor da água vão ser colocadas ao serviço nobre deste objetivo de desenvolvimento tão necessário para a população mundial”, congratula-se Carlos Martins. CENTRO IRÁ AUTO-FINANCIAR-SE O centro será auto-financiado através dos projetos que conseguir congregar pelo que não tem um orçamento definido. “Será tanto maior quanto maior for o reconhecimento do seu papel e da sua importância e quanto mais as empresas, os bancos e os países vierem a solicitar os seus serviços”, vinca Carlos Martins.?Irá cooperar muito estreitamente com as instituições financeiras internacionais, nomeadamente o Banco Mundial, Banco Europeu de Investimento, Banco Africano de Desenvolvimento e Banco Asiático de Desenvolvimento, entre outros, para projetos orientados para água e saneamento.?O objetivo é estabelecer uma rede com politécnicos, universidades e outros agentes do setor, quer nacionais quer internacionais, cujos profissionais se perfilarão como parceiros do centro. “A ideia não é criar um centro que tenha muitos meios próprios mas, com uma equipa pequena, saber onde estão essas competências e articulá-las devidamente. Os parceiros serão mobilizados e as suas competências serão integradas para cada projeto em concreto”, sublinha o Secretário de Estado do Ambiente.?”Estamos bastante orgulhosos de