Jornal de Negócios A Mota-Engil vai pagar imediatamente ao Estado os 135 milhões de euros que faltam para comprar a Empresa Geral do Fomento (EGF), cuja privatização a sua participada Suma ganhou no ano passado. A Autoridade da Concorrência (AdÇ) aprovou terça-feira a aquisição, não se opondo à operação por entender que daí “não resultarão entraves significativos à concorrência efectiva nos mercados relevantes identificados”, anunciou em comunicado. O consórcio Suma assinou com o Governo o contrato da compra da EGF, por 149,9 milhões de euros, em Novembro de 2014, tendo entregue então ao Estado um sinal de 15 milhões de euros. Com a aprovação da aquisição por parte da AdC, a Mota-Engil fará imediatamente o pagamento dos restantes 135 milhões de euros e assumirá a gestão da empresa de resíduos que era até agora do grupo Aguas de Portugal. Da estratégia que o grupo liderado por Gonçalo Moura Martins faz parte a internacionalização da EGF, designadamente para os mercados onde o grupo Mota-Engil já está presente, como é o caso, na área dos resíduos, de Angola, Moçambique e México, assim como Brasil e Omã. No âmbito da análise ao negócio, a AdC tinha decidido em Março dar início a uma investigação aprofundada, da qual “resultaram elementos que permitiram afastar as dúvidas suscitadas”, nomeadamente no que respeita à integração, num mesmo grupo empresarial, de actividades no sector da recolha e do tratamento de resíduos urbanos.