Jornal de Notícias Online O governante adiantou que, após a fusão das 19 empresas multimunicipais, as cinco novas empresas, a principal medida do processo de reestruturação do setor, vão ser constituídas no dia 30, entrando as novas administrações em funções logo no dia 1 de julho. O ministro do Ambiente disse que a fusão vai permitir uma redução em 2/3 dos órgãos sociais das empresas e diminuir em 55% os cargos de chefia e de direção, num processo de reorganização do grupo Águas de Portugal, que deverá estar concluído até ao final do ano. Além da poupança nos custos de funcionamento, a reforma vai permitir reduções nos tarifários da rede em alta, cobrados aos municípios. O governante explicou que “a tarifa da água será inferior em 10% e no saneamento inferior 16% em relação ao que estava previsto”, acrescentando que os próximos cinco anos vão ser de ajuste para se atingir um tarifário único no país. “Vai originar um agravamento muito moderado em alguns concelhos do litoral. Estamos a falar da Grande Lisboa, com agravamentos de 0,20 euros no consumo médio de 10 metros cúbicos, o que, ao fim de cinco anos, significa um euro para os municípios e uma redução de três euros em municípios do interior”, esclareceu. Jorge Moreira da Silva explicou que a reforma do setor da água era essencial para a sua sustentabilidade financeira, numa altura em que as dívidas dos municípios são de cerca de 400 milhões de euros, e para garantir investimentos necessários, estimados em 634 milhões de euros, sobretudo nas redes municipais, em baixa. Para o efeito, anunciou que Portugal vai poder beneficiar de 3700 milhões de euros em fundos comunitários. A ETAR da Foz do Lizandro, na Carvoeira, representa um investimento de 5,5 milhões de euros do grupo Águas de Portugal, através da empresa multimunicipal SIMTEJO. Localizada a 1,5 quilómetros da foz do Rio Lizandro, vai tratar águas residuais de 28 mil habitantes das freguesias da Carvoeira e parte de Igreja Nova, Mafra e Ericeira, contribuindo para a melhoria das águas balneares, sobretudo das praias da Foz do Lizandro e de São Julião, bem como deste troço do rio. A ETAR faz parte do subsistema da Foz do Lizandro, que integra ainda quatro estações elevatórias e 16 quilómetros de emissários. O investimento total neste subsistema é de 25 milhões de euros, dos quais seis milhões vão ser ainda gastos até 2018.